Audiência pública discute atuação do Demlurb A audiência pública desta quinta-feira (19/08) debateu o funcionamento do Demlurb. A solicitação partiu do presidente do Legislativo, Bruno Siqueira (PMDB). O vereador enfatizou a necessidade de discussão das atividades do órgão, com enfoque na coleta de lixo que se encontra deficitária e com flagrantes problemas em várias regiões da cidade. O vereador destacou que o trabalho está prejudicado por não haver horários definidos e sem a rapidez de outrora. Ele lamentou que o lixo fica exposto e a sujeira é espalhada pelas vias públicas, causando transtornos para a população que paga a taxa de coleta de resíduos sólidos, que foi elevada no início do ano. “A Câmara cumpre seu papel fiscalizador do Executivo ao questionar estes aspectos. Precisamos de uma resposta para a população porque a coleta e a varrição estão ruins nos últimos 18 meses. Precisamos de uma solução para a limpeza urbana”, cobrou Bruno.
O diretor geral do Demlurb, Aristóteles de Faria Neto, respondeu aos questionamentos do presidente do Legislativo propondo a ampla publicidade dos horários de coleta. Isto facilitará para que as pessoas só disponham o lixo nas ruas próximo dos momentos de recolhimento, de acordo com as rotas de passagem dos caminhões nos bairros. Aristóteles pediu ainda apoio da população. Para ele a defasagem entre o momento de coleta e a exposição do lixo causa muitos dos problemas que estão ocorrendo. “Aqui eu me comprometo a fazer uma grande campanha na mídia em 60 dias. Eu me comprometo ainda a divulgar nos bairros onde há maior problema de horários de coleta e onde o lixo fica exposto”, disse ele. Aristóteles advertiu que praças e canteiros centrais não são locais para depósito de lixo, o que, lamentavelmente, pode ser visto com frequência.
Bruno questionou ainda se os servidores do Demlurb estão sendo bem remunerados. E também se o aumento da taxa foi para aumentar seu salário e melhorar a coleta. Aristóteles relatou que os salários dos funcionários foram melhorados. Que ao entrar o menor salário era de R$ 415 mais a insalubridade, o que equivalia a um salário mínimo. Hoje, estes salários chegam a cerca de R$ 610 mais a insalubridade. O que segundo ele, são ganhos notórios. Ele relatou que o orçamento do Demlurb é de cerca de Cr$ 30 milhões. E que a taxa de coleta de resíduos sólidos soma ainda cerca de R$ 16 milhões. Ele informou que estes totais são complementados por recursos do tesouro (impostos).
Os integrantes da platéia fizeram diversas participações durante a audiência. O morador do Democrata Cássio Rufino reclamou do descaso com relação aos resíduos sólidos do Hospital Maternidade Terezinha de Jesus. Segundo ele, é necessário ligar mais de uma vez durante a semana para o órgão para que a coleta seja feita. Mesmo assim, ele diz que ainda é deixado um rastro de chorume que contamina o ambiente. A moradora do Centro Amarilis Machado protestou pela presença de ratos e baratas. Disse que pagou dedetização e mesmo assim as baratas continuam a infestar sua casa. E que já pegou um rato dentro de seu vaso sanitário e outro, grande, que ficou vivo dentro de casa por três dias. O diretor Operacional do Demlurb, José Fabiano de Resende, disse que o órgão faz um trabalho continuado. Ele lembrou ainda que há muitos bota-foras irregulares na cidade e pediu, mais uma vez, cooperação da população. |