Publicada em: 18/03/2009 - 122 visualizações

Juiz de Fora festeja centenário da Academia Mineira de Letras

Juiz de Fora festeja centenário da Academia Mineira de Letras (18/03/2009 00:00:00)
 

Juiz de Fora festeja centenário da Academia Mineira de Letras

       
       
       
       O ano do centenário da Academia Mineira de Letras, criada em Juiz de Fora, em 25 de dezembro de 1909, terá sua abertura oficial na próxima sexta-feira, dia 20, a partir das 19h, com atividades que incluem a exposição “Pioneiros da Academia”, apresentação do Quarteto de Cordas Pró-Música e uma sessão solene na Câmara Municipal, mesmo prédio onde foi realizada a reunião de fundação da Academia.
       A solenidade será presidida pelo ex-presidente Itamar Franco e coordenada pelo Presidente da Academia Mineira de Letras, ex-senador Murilo Badaró. O evento é uma promoção da Academia Mineira de Letras, Prefeitura de Juiz de Fora, Funalfa e Câmara Municipal de Vereadores. A solenidade também terá a presença do Presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandroni, do Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Soares Dulci, do Prefeito Custódio Mattos, Presidente da Câmara, Bruno Siqueira, do Superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, além de acadêmicos, escritores, jornalistas e intelectuais de relevância nacional.
       A criação da Academia Mineira de Letras em Juiz de Fora contribuiu para enriquecer as manifestações artísticas literárias de Minas Gerais. Nessa época a cidade era conhecida como Manchester Mineira, respirava um ar de progresso e de vanguarda na indústria e na inovação tecnológica, convivia com intensa atividade literária, em que se misturavam empreendedores pioneiros, poetas e contistas de formação diversa. A imprensa juizforana rivalizava com a do Rio de Janeiro. Articulistas de renome nacional assinavam artigos e colunas nos diários e periódicos de Juiz de Fora.
       O principal idealizador do projeto de criação da Academia foi o educador e escritor Machado Sobrinho. O grupo reunia expoentes ligados à literatura e a cultura: jornalistas, escritores, profissionais liberais e homens públicos. Os fundadores de imediato incorporaram o adjetivo mineiro à Academia, estabelecendo assim a dimensão ambiciosa dos seus objetivos: o culto, a defesa e a sustentação da pureza da língua e a produção intelectual na sua plenitude e variedade.
       No primeiro momento, a Academia reuniu doze membros: Albino Esteves, Amanajós de Araújo, Belmiro Braga, Dilermando Cruz, Eduardo de Menezes, Estevam de Oliveira, Franscisco Brant Horta, Heitor Guimarães, José Rangel, Lindolpho Gomes, Luiz Joaquim de Oliveira e Machado Sobrinho. Logo após, os doze idealizadores elegeram outros dezoito nomes representativos da elite acadêmica de Minas Gerais para completar o número de trinta cadeiras. Foram convidados poetas, escritores e jornalistas de todo o Estado. Dentre os dezoito, destacavam-se Nelson de Senna, Alphonsus de Guimaraens e Carlos Góes. Em 13 de maio de 1910, no Teatro Juiz de Fora, na solenidade festiva de inauguração, foram escolhidos mais dez nomes, completando quarenta, número oficial da Academia Francesa e da Brasileira.
       Em 24 de janeiro de 1915, a Academia Mineira de Letras mudou-se para a capital, Belo Horizonte. Os membros da Academia acordaram que a transferência da sede para a capital mineira daria maior dimensão e status à mesma, pois estaria próxima dos centros do poder e de convergência de atividades e interesses de toda natureza.
       Em 1943, com o apoio do ex-prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima, a Academia ganhou uma sede própria, na rua dos Carijós, aonde permaneceu até o ano de 1987. Nessa época, o então presidente da Academia, Vivaldi Moreira, conseguiu o comodato do palacete Borges da Costa, atual sede da Academia Mineira de Letras, conhecida como “Casa de Alphonsus de Guimaraens”, instalada à rua da Bahia, 1446. Com o apoio de órgãos públicos a Academia conseguiu a doação do imóvel, a restauração do Palacete e construiu um auditório ao lado do imóvel, de acordo com projeto do arquiteto Gustavo Penna.
       
       “Pioneiros da Academia”
        A mostra comemorativa do centenário de criação da Academia Mineira de Letras, organizada pela Funalfa, reúne 16 painéis com fotos e trechos de poemas ou textos dos doze idealizadores da Academia, além de outros juizforanos acadêmicos: Francisco Sales de Oliveira (1900-1968), Heli Menegale (1903-1982) e Wilson de Lima Bastos (1915-1998) e o acadêmico Almir de Oliveira, que mesmo não sendo juizforano, adotou a cidade.
        A exposição será inaugurada sexta-feira, dia 20, às 19h, na Câmara Municipal, onde permanacerá aberta ao público até sexta-feira, dia 27 de março. Após esta data os interessados poderão conferir a mostra no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, a partir de terça-feira, dia 31 de março até domingo, dia 5 de abril, sendo de terça a sexta-feira, de 9h às 21h e sábado e domingo, de 10h às 16h.
       
       Quarteto de Cordas é atração nos festejos do centenário da Academia
       O Quarteto de Cordas Pró-Música é outro atrativo das comemorações do cem anos de atuação da Academia Mineira de Letras. Composto por Vinicius Faza (violino), Lucas Damasceno (violino), Kamilla Resende Ferreira (viola) e Amanda Gonelli (violoncelo), o grupo vai apresentar, também no prédio da Câmara Municipal, na próxima sexta-feira, dia 20, a Serenata de Mozart, Serenata de Hadyan e Valsa de Strauss.
       
        (Texto elaborado pela Assessoria de Imprensa da Funalfa)
       

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