Publicada em: 18/03/2008 - 130 visualizações

Câmara discute condições de abatedouros e mercados públicos na região

Câmara discute condições de abatedouros e mercados públicos na região (18/03/2008 00:00:00)
 

Câmara discute condições de abatedouros e mercados públicos na região

       A Câmara Municipal realizou audiência pública para discutir as condições sanitárias de abatedouros e mercados públicos. A iniciativa partiu do vereador Eduardo Novy (PSC). Ele está preocupado com a grande quantidade de alimentos irregulares apreendidos na cidade, sem procedência ou contaminados e, principalmente, com as carnes que chegam de abatedouros clandestinos.
        Novy esclareceu haver a necessidade de uma ação conjunta dos municípios da região para coibir a ação desses abatedouros. “Nossa fiscalização tem feito o dever de casa, a Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento, é impecável. Em Juiz de Fora não existem abatedouros clandestinos, por isso convoquei prefeitos e vereadores das cidades do nosso entorno para discutir o assunto”, afirmou.
       O médico veterinário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), afirmou que o órgão tem realizado constantes fiscalizações a fim de evitar a utilização de produtos de origem animal, inadequados para o consumo. “Fazemos uma média de três blitzen por mês, onde são verificados desde a origem até as condições de armazenamento dos produtos”, explicou.
       O supervisor de extensão do IMA, José Alberto Souza, disse que em Juiz de Fora as ações de fiscalização são efetivas e muitas delas realizadas em conjunto com o instituto. “Lamentavelmente não temos o mesmo apoio em outras cidades. Muitas pequenas prefeituras nos procuram porque pretendem construir abatedouros, mas falta a estrutura mínima para que eles funcionem. Também ressalto que as prefeituras não têm obrigação de construir abatedouros, sou favorável a que tenham entrepostos, é mais barato, menos poluente e de fácil fiscalização”, defendeu.
       O Deputado Estadual Vanderlei Jangrossi, presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia Legislativa, concordou com o supervisor e ainda argumentou ser necessário o desenvolvimento de políticas de conscientização do consumidor. “As pessoas procuram produtos mais baratos, mas se esquecem de verificar a qualidade das mercadorias que consomem. Se temos condições de exportar carne de qualidade, por que consumir carne de boa procedência?”, questionou.
       O Secretário Municipal de Agropecuária e Abastecimento, Marcelo Detoni, disse que a fiscalização de Juiz de Fora segue todas as normas do IMA e do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e ainda esclareceu que nos abatedouros da cidade a morte dos animais segue os preceitos da bioética e são realizadas de forma indolor. O secretário ainda afirmou que a Prefeitura obedece à lei de Eduardo Novy, quanto à doação de alimentos apreendidos. “As frutas, queijos e produtos lácteos são doadas a instituições de caridade, depois da analisada pela UFJF. O mesmo não acontece com as carnes, pois essa análise é impossível de ser feita, já que algumas doenças são detectadas nas vísceras dos animais, que neste caso, já não existem mais”.
        Ao final da reunião Eduardo Novy, falou como médico veterinário e funcionário de carreira da EMATER, ele pediu que o deputado Vanderlei Jangrossi, intervenha junto ao Governo do Estado pedindo melhorias nas condições de trabalho e um salário compatível com as atividades dos funcionários do IMA e da EMATER. “Gostaria que o deputado fosse nosso porta-voz sobre essas questões e tentasse sensibilizar o Governador do Estado, porque a nossa classe trabalha diretamente com a saúde pública.”

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