Poluição sonora e trânsito congestionado tumultuam São Mateus O trânsito congestionado, o barulho provocado pelo grande movimento de veículos e pelos freqüentadores de bares criam transtornos para os moradores de São Mateus e proximidades, que apresentaram suas reivindicações na Câmara Itinerante realizada no salão da Igreja São Mateus.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), José Brito Bastos, considera a situação peculiar. O bairro dispõe de infraestrutura, porém enfrenta problemas provenientes da urbanização. O tráfego pesado é um deles, situação que se agrava com o hábito dos motoristas de estacionarem nas vias durante todo o dia, tirando vagas que poderiam ser utilizadas por consumidores. Uma nova rotatória na rua Doutor Romualdo é outra providência que, segundo Brito, precisa ser tomada, mas ele ainda encaminhou solicitações de melhorias gerais que incluem obras na praça, reforma do posto policial, atendimento aos moradores de rua, rebaixamento de calçadas e melhor atendimento pelo transporte coletivo.
A introdução da mão única na rua São Mateus, a partir da rua Oswaldo Aranha, foi solicitada pelo morador Carlos Ganimi. Esta é considerada por ele a melhor alternativa para desafogar o trânsito nas imediações. A secretária de Urbanismo, Sueli Reis, entretanto, esclareceu que trata-se de uma questão polêmica, em função de os comerciantes defenderem a continuidade da mão dupla. A retenção é grande também na Avenida Independência, entre as ruas Passarela e Padre Café.
O buzinaço provocado por motoristas nos horários de pico estressa os moradores. Carlos Magno Alexandre relatou a existência de um abaixo-assinado com pedido de providências. Sueli Reis adiantou que fiscais de postura, agentes da Settra e PM já têm realizado combate sistemático à poluição sonora e ocupação das calçadas. Carlos Magno ainda citou a manutenção de uma unidade da Cesama na rua Monsenhor Gustavo Freire como outro motivo de transtorno em função do movimento intenso em todos os dias da semana.
A concentração de bares e restaurantes causa problemas de acessibilidade principalmente para deficientes. Vinícios Soares, da Associação de Portadores de Deficiência, reclamou das mesas nas calçadas e cobrou mais atenção da Prefeitura para o problema. A secretária Sueli Reis informou que o prefeito Custódio Matos nomeou uma comissão intersetorial para tratar do assunto. Ruth Maria Salim, da Associação dos Moradores do Alto dos Passos, se uniu a Soares ao reclamar da perda da qualidade de vida. Ela relatou dificuldades de circular à noite e defendeu a definição de um limite de horário de funcionamento dos bares.
Em Santa Cecília, um dos problemas é o isolamento. Daniel Paulo de Souza relatou a existência de apenas duas entradas para o bairro e reivindica a criação de uma terceira pelo Estrela Sul.
Guido Pereira da Silva, do Conselho Local de Saúde do Dom Bosco, compareceu à Câmara Itinerante para reivindicar a extensão do trajeto da linha Rodoviária. Ele propôs que os veículos sigam pela Avenida Independência até o Teixeiras e retornem pelo mesmo itinerário. Outra opção seria a criação de linhas por todas as empresas, a exemplo do que ocorre em Belo Horizonte e Brasília, entre outros centros urbanos.
O presidente da Associação Cultural e Solidariedade da Zona Sul, Mauro Humberto, por sua vez, solicitou apoio a um projeto de lei que será apresentado pelo vereador José Sóter de Figueirôa (PMDB) para incentivar o plantio de citronela e crotalária, plantas que ajudam no combate à dengue. A experiência foi desenvolvida com êxito em Teresina, Piauí, e Dourados, Mato Grosso do Sul.
Enquanto isso, Luzia Azalim, presidente do Conselho de Segurança Pública Sul, demonstrou ansiedade pela conquista de um local para desenvolvimento de projetos para a comunidade. Ela relatou ações sociais realizadas em Santa Luzia e em Santa Cecília.
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