Publicada em: 17/06/2005 - 508 visualizações

Comissão de Direitos Humanos da Câmara recebe denúncia de tortura na Ariosvaldo Campos

Comissão de Direitos Humanos da Câmara recebe denúncia de tortura na Ariosvaldo Campos (17/06/2005 00:00:00)
 

Comissão de Direitos Humanos da Câmara recebe denúncia de tortura na Ariosvaldo Campos

       O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereador Flávio Cheker (PT) se surpreendeu com os depoimentos do presos da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, em Linhares, envolvidos na maior rebelião dos últimos tempos na cidade. Os seis detentos, que lideraram o motim, relataram ter sofrido torturas dentro da cadeia, ocasionando na abertura de um inquérito, para apurar os fatos.
       
       Em menos de 24 horas da situação controlada pela PM, Cheker e os outros integrantes da Comissão, vereadores Bruno Siqueira (PMDB) e Antônio Jorge (PSDB), a retornaram à Penitenciária. Além dos legisladores, participaram da visita o secretário do CDDH, Lindomar José da Silva e Tadeu David, representante da OAB.
       
       Na conversa com o diretor, José Pinto, os vereadores se convenceram de que a denúncia tinha sido infundada, mas garantiram que iriam ficar atentos aos acontecimentos envolvendo os direitos dos presos. Eles quiseram saber também, os motivos que levaram o Estado a transferir os criminosos para a cidade. Os vereadores não entendem o tramite legal desse tipo de ação. Outro ponto questionado foi a existência de armas e drogas nas celas.
       
       Desde sábado, 11/06, dezesseis pessoas, entre elas, dois agentes penitenciários, uma criança de 10 anos, um adolescente e duas gestantes foram mantidas como reféns de 112 detentos, do Pavilhão dois. A rebelião teve início com a ação de um grupo de condenados, que exigiam às suas transferências para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
       
       O motim acabou na manhã de ontem, 16/06, com a libertação dos reféns. Abatidos, os dois agentes estavam machucados, apresentando sinais de tortura pelo corpo. Um deles, Rodrigo Braida Miana conversou com a Comissão, relatando os momentos de terror que viveu em poder dos rebelados. Os vereadores reafirmaram o compromisso da Câmara em analisar a situação de cada pessoa envolvida, tanto dos presos, quanto dos agentes.
       

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