Publicada em: 17/03/2009 - 82 visualizações

Câmara Itinerante tem participação ativa da comunidade

Câmara Itinerante tem participação ativa da comunidade (17/03/2009 00:00:00)
 

Câmara Itinerante tem participação ativa da comunidade

       A primeira Câmara Itinerante do ano obteve participação significativa da comunidade. Houve uma gama diferenciada de reivindicações, desde obras a segurança, educação e a construção do hospital da zona norte. O depoimento que abriu a audiência foi da diretora do Caic Professora Núbia Pereira de Magalhães Gomes, que sediou o evento, Maria Aparecida Fernandes. Ela solicitou que a realidade dos Caics seja analisada, pois houve descontinuidade de ações para sustentá-los com eficiência. Ela lembrou que a idéia inicial era a implementação de educação integral o que não foi mantido. “O Caic de Santa Cruz precisa de reparos com urgência. Há alambrados quebrados, instalações hidráulicas e elétricas comprometidas, não há muro, falta pessoal. E não achamos justo 120 alunos para cada funcionário, em outras escolas é diferente”, disse a educadora.
       A Professora do Caic Maria do Carmo Carvalho destacou o problema da violência que ocorre nas escolas. “A estrutura física do Caic é grande, sem muro. Por trás da violência está a falta de política social. O perfil da educação de jovens e adultos mudou muito. Não estamos preparados para viver com a violência aqui. Já solicitamos uma política específica da PM para a região”, explicou.
       A segurança para a porta da escola foi solicitada pela integrante da Igreja do Evangelho Quadrangular Maria Aparecida Pires. “Não temos apoio. Às vezes há desentendimentos, brigas e demora do atendimento pela PM. Seria ideal policiamento nos horários de 12h30 e noturno. Há alunos de outras escolas que vem só para brigar”, lamentou. Ela relatou que quando há enchentes as crianças precisam passar no barro, o que é perigoso. Há problemas com ônibus também, algumas professoras ficam paradas depois das 22h30 sem transporte no ponto, fato preocupante.
       A presidente da Associação de Moradores do Bairro São Damião, Aparecida do Carmo, solicitou a inclusão de um ônibus circular dentro dos bairros da região como JK e Vila Mello Reis. “O ônibus vai beneficiar escolas, policlínica, supermercados, correios, o benefício será imenso”, afirmou. Ela solicitou ainda a colocação de rotatória no cruzamento da rua Bartolomeu dos Santos com ruas C e D e redutores de velocidade, além de limpeza e capina no bairro todo. Rosa Maria Penha, também da associação, reclamou de um depósito de pneus em São Damião. A céu aberto é uma ameaça a saúde. E lembrou de um projeto de lei que prevê o depósito desses pneus de forma adequada. Rosa denunciou que o canil fica a 100 m das residências, que são alcançadas por carrapatos e ratos. E enfatizou que a comunidade não quer o lixão na área.
       Outro representante da associação dos moradores, Felipe de Souza, reclamou da falta de drenagem das ruas. Segundo ele, o alagamento começa a deformar o asfalto e incomoda a população. Um relato preocupou os presentes. Mauro Lucio Odilon, morador de Santa Cruz há 50 anos sofreu acidente foi procurar atendimento na UBS. Ficou chocado ao ouvir do servidor que para ser atendido teria que comprar os materiais para o curativo. Mauro pediu mais cuidado com os moradores nas UBSs.
       O morador de Benfica Walter Varoto voltou a falar em segurança. Disse que Benfica e Santa Cruz têm postos de policiamento que funcionam precariamente. “A nossa Zona Norte merecia uma delegacia. É a zona norte que impulsiona o crescimento de Juiz de Fora, por isso merecemos cuidados diferenciados”, declarou.
       O morador do Jardim dos Alfineiros, Francisco do Lago, disse que a escuridão é uma constante na região. “No meu bairro há 15 lâmpadas apagadas. E o que traz o apagão? Falta de segurança, desocupados da noite criando problemas, o risco é grande”, disse. A Presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública, Irene Aparecida Vitorino, afirmou que os bairros estão abandonados e que é comum as pessoas caírem em bocas- de-lobo sem tampas, cheias de mato.
       O presidente do Conselho Local de Saúde de Santa Cruz, Pedro Afonso, reclamou da limpeza de ruas precária. Citou também as bocas-de-lobo e disse que tem feito vários pedidos para iluminação e asfalto em volta do Caic. Fernando José Ricardo, morador do Nova Era II, solicitou iluminação para a praça do bairro. O presidente da Associação Comunitária de Nova Benfica, Pedro Daniel, requereu atenção para a questão do hospital a zona norte. Ele recomendou bom senso para que o hospital seja instalado no local certo.
       O presidente da Sociedade Independente de Amigos da Zona Norte e Distritos, Jader Frauches, também pediu pelo hospital. “Não aceitamos que ele seja feito a 2 km do centro. Queremos o hospital aqui na zona norte”, afirmou. O morador Aldemar José de Almeida, pediu asfalto para a Vila Paraíso. Ele explicou que há 13 anos mora numa rua que nunca foi asfaltada.
       Já o aluno da Educação para Jovens e Adultos (EJA) Gustavo do Nascimento lamentou pelo ensino médio ter acabado no local. “Quem faz o EJA está querendo recuperar o tempo perdido, não é justo. As autoridades devem descobrir um meio para que possamos continuar nossos estudos”, disse o rapaz. Cerca de 20 representantes da população manifestaram-se nesta 69ª Câmara Itinerante.
       
       

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