Publicada em: 02/02/2010 - 118 visualizações

João do Joaninho estimula debate sobre segurança na zona norte

João do Joaninho estimula debate sobre segurança na zona norte (02/02/2010 00:00:00)
 

João do Joaninho estimula debate sobre segurança na zona norte

       A audiência pública realizada nesta terça-feira (02/02) reuniu representantes das polícias civil e militar para discussão da segurança pública nos bairros da zona norte, com destaque em Benfica. O pedido da audiência foi feito pelo vereador João do Joaninho (DEM). A população da região está preocupada por conta da extinção de postos policiais. “A 27ª Companhia de Polícia Militar, do bairro Santa Cruz, foi mudada para Santa Lúcia e o pessoal do bairro ficou preocupado. Podia ter havido uma discussão maior com a comunidade É necessário começar um trabalho educativo nas escolas. Os adolescentes são presas fáceis para os bandidos. A nossa polícia ainda é das melhores. Não estamos aqui para debater se a segurança é responsabilidade da polícia civil ou da polícia militar. A polícia tem que dizer se está faltando viaturas ou equipamentos”, disse o vereador.
       João do Joaninho enfatizou a importância do convite feito à Secretaria Municipal de Educação e à Superintendência Regional de Ensino. Embora as titulares das pastas não estivessem presentes, os representantes escutaram reivindicação do vereador para um trabalho integrado e permanente com as polícias de conscientização dos adolescentes.
       Ele explicou ter convocado esta reunião para que a polícia esclareça o que está faltando, suas carências. E pretende interceder junto aos 19 vereadores para que façam um pedido ao governador Aécio Neves ou ao presidente Lula. “É preciso que haja uma mobilização para que seja aumentado o efetivo e haja um trabalho melhor. O tráfico atinge nossos jovens e depois eles não têm onde se tratar. Precisamos cobrar dos poderes constituídos. Com relação aos postos policiais, é preciso que o governador olhe para a questão. É possível que este vereador também interceda com amparo de abaixo-assinado da população”, afirmou.
       O delegado regional norte, Rodrigo Salomão, declarou que a zona norte possui uma área maior que 90% dos municípios mineiros, com população estimada de 130 mil habitantes. Ele informou que seriam necessários 130 policiais civis para essa região, mas disse que atualmente são apenas cinco agentes, dois delegados e dois escrivãos. O delegado considera esse número irrisório e desrespeitoso para com os policiais e os cidadãos, que precisam de proteção e não são bem atendidos.
       O comandante da 173ª Companhia Capitão, Márcio Duarte, explicou que a saída da companhia de Benfica foi uma questão logística e não significou diminuição de policiamento. Ele declarou que a PM registra em média 740 ocorrências por mês na zona norte. O efetivo previsto para ação na zona norte é de 140 militares. O número de hoje é 120, entretanto, na escala há 86 trabalhando.
       O morador de Benfica Sebastião Duque reconheceu que tratar de segurança pública é difícil. Ele se preocupa com a situação dos jovens, vulneráveis ao tráfico e pediu que o entorno dos colégios Almirante Barroso, Francisco Faria, Professor Lopes e Polivalente fosse cuidado com responsabilidade. A presidente da Associação de Moradores de São Judas Tadeu, Eloísa Cabral de Carvalho, lembrou que uma parceria com a PM, por conta de furtos a residências, deixou a mostra a situação dos menores infratores. Por isso, foi desenvolvido um projeto para ocupar esses jovens com hip hop e grafitagem. “Precisamos dar continuidade a esse trabalho”, fez um apelo.
       O presidente da Associação de Moradores de Benfica, Carlos Alberto Mendes, confirmou que a maioria dos adolescentes está envolvida com drogas. Para ele, o tráfico de entorpecentes só faz crescer. E cobrou o investimento na prevenção com auxílio de programas, inclusive da prefeitura.
       A presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública da Zona Norte, Irene Aparecida Vitorino, diz que não ocorre apenas na zona norte o crescimento da violência. E endossou a preocupação com os jovens. “Precisamos ter atenção com os adolescentes. Eles estão roubando por causa das drogas. E não é apenas a polícia que precisa dar conta, nós precisamos participar. Não podemos apenas cobrar”. Ela lembrou ainda que a iluminação pública não apropriada dificulta o trabalho da PM. Ao longo da Avenida JK, por exemplo, é possível encontrar muitos postos com luz apagada.
       A representante do Conselho de Segurança Pública Josélia Teixeira, destacou que o conselho é um elo entre a comunidade e a polícia. Para ela, esta é uma forma da corporação possa ganhar confiança em cada comunidade.
       O chefe de Departamento da Guarda Municipal, Major Mendes, esclareceu que a prefeitura lutou para viabilizar um convênio com a União, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). “Não houve sucesso porque os índices de violência e criminalidade do município foram considerados baixos em comparação aos 240 municípios selecionados pelo programa”, disse. De acordo com o vereador João do Joaninho, Juiz de Fora não tem culpa de ter índices de violência menor do que outras cidades, porque os números são altos demais para a população.
       

Arquivo de notícias >>>

 


©2025. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade