Destino do Cine Excelsior e do DSAT são tratados em Tribuna Livre Um movimento iniciado em 1994 e outro em 2011 ocuparam a Tribuna Livre na Câmara Municipal nesta terça-feira (10/01). Dois temas dividiram o tempo disponível: a possibilidade de transformação do imóvel que abrigou o Cine Excelsior em estacionamento e a transferência do Departamento de Saúde do Trabalhador (DSAT) para o antigo Pronto Socorro Municipal. As duas questões sensibilizaram os vereadores e motivaram pronunciamentos pela preservação do Cinema e continuidade do DSAT na casa em que se encontra atualmente. José Sóter de Figueirôa (PMDB) propôs que a Comissão de Urbanismo trate dos dois assuntos com o prefeito.
Há muito o Cine Excelsior é tema de pauta na Casa. Na verdade, desde a década de 90, quando foi fechado. O assunto provocou pronunciamentos, audiências públicas e solicitações de declaração do imóvel como de interesse cultural pelo vereador Flávio Cheker (PT). A retirada das poltronas, fato recente, levou o cineasta Franco Gróia a alertar a sociedade para o desmonte do espaço e motivou abaixo-assinado pela sua preservação.
Após Groia usar a Tribuna Livre, Francisco Canalli (PMDB) ponderou que uma cidade que não retrata suas lembranças é uma cidade morta. Roberto Cupolillo (Betão-PT) observou que o Excelsior é um dos poucos imóveis do Centro em condições de receber um grande número de pessoas e apoiou a mobilização em sua defesa.
A importância da permanência do DSAT onde se encontra atualmente, nas dependências de um imóvel erguido onde funcionou a antiga Fábrica de Tecidos Ferreira Guimarães, foi ressaltada por Ivone Garcia da Silva. Segundo ela, o local dispõe das condições necessárias, incluindo acessibilidade e privacidade, para receber vítimas de acidentes de trabalho e ocupacionais. Ela se referiu a peculiaridades, como funcionamento nos horários que favorecem os trabalhadores e proteção contra pressões patronais.
O Poder Público quer transferi-lo para o antigo Pronto Socorro Municipal, onde pretende reunir todos os serviços vinculados à Subsecretaria de Vigilância em Saúde, mas Francisco Canalli questionou: o Conselho de Saúde foi ouvido a respeito? Chico Evangelista (PP) lembrou que a Comissão de Saúde da Câmara visitou as obras de reforma do PSM e, na época, não teve conhecimento sobre intenções de transferência. Betão convocou os sindicatos a se unirem na luta pela manutenção do DSAT na sua atual sede. Cheker admitiu a convocação de Audiência Pública para tentar reverter a mudança, enquanto Wanderson Castelar (PT) lembrou que a decisão está nas mãos do prefeito Custódio Mattos.
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