Comissão prevê novas ações para flanelinhas O entendimento da Comissão Especial para discutir o problema dos flanelinhas, juntamente com representantes da sociedade organizada e de órgãos públicos, é que o projeto do vereador João do Joaninho (DEM) necessita ser aprimorado. A idéia do legislador é identificar esses profissionais, através de uma triagem rigorosa, afim de se evitar a ação de criminosos.
Na reunião de hoje, 09/06, propostas como estacionamento rotativo noturno, qualificação dos trabalhadores e elaboração de programas sociais com a intenção de oferecer melhores condições de vida digna para os flanelinhas pautaram o encontro. O impasse desfecho a partir do levantamento do perfil dos flanelinhas, que será realizado através de uma pesquisa liderada pela Amac. Dados como o nome, idade, escolaridade e renda adquirida com a atividade serão importantes para nortear ações positivas para resolver o problema. “A idéia é fazer um mapeamento do perfil dos flanelinhas para que possamos apresentar formas de combater esse problema social, inerente às grandes cidades”, disse Maria José Sinhoroto, superintendente da Amac.
Maria José lembrou da pesquisa realizada pelo órgão no ano de 2002 quando foi abordada aspectos trabalhistas da atividade. Os pesquisadores questionaram se guardador de carro deve ou não ser considerada uma profissão. Foram elaborados questionários e dinâmicas de aplicação para que se pudesse fazer um diagnóstico da situação. “Para surpresa do grupo, a maioria dos flanelinhas possue casa própria e está na atividade por ter sido alijados do mercado de trabalho formal”, concluiu a superintendente.
É muito importante, para a cidade, que toda a população se mobilize na apresentação de soluções para os problemas que envolvem o dia-a-dia do juizforano, principalmente o Poder público. Estamos diante de duas constatações, a de que o problema é sério e delicado e a de que há, historicamente, ausência do Poder Público na solução do impasse”, disse o vereador José Sóter de Figueirôa Neto (PMDB). Para ele, identificar e analisar o perfil e a trajetória dos guardadores de carro no mercado informal é o primeiro passo na busca da resolução do impasse. O crescente número de trabalhadores informais que vêm exercendo a atividade de flanelinha no município tem preocupado a Câmara, que vê a necessidade de uma intervenção imediata. Uma das propostas é fazer com que esses trabalhadores se organizem em associações, para que sejam prontamente identificados como prestadores de serviços à comunidade.
Para os representantes da Settra, Carlos Eduardo Meurer e Sheila Menini a situação é muito “complicada de ser resolvida. Existem mais de 300 vagas, exploradas por esses cidadãos, entre os bairros São Mateus e Alto dos Passos. Impossível de serem fiscalizadas”, afirmaram.
O vereador roberto Cupolillo (Betão – PT) acredita que o cadastramento gradativo e o mapeamento do perfil dos flanelinhas pode, realmente, ser um caminho “certeiro” na solução do impasse. “Se com esse resultado conseguirmos oferecer programas e qualificação para que os flanelinhas deixem a atividade para investirem em outras, até mais lucrativas”, explicou. O petista, que comandou a reunião, irá aguardar agora a elaboração do questionário a ser aplicado aos travbalhadores pela Amac e a partir daí montar estratégias de combate a prática. |