Publicada em: 09/05/2006 - 261 visualizações

Vereadora quer vagas para mães adolescentes em creches públicas

Vereadora quer vagas para mães adolescentes em creches públicas (09/05/2006 00:00:00)
 

Vereadora quer vagas para mães adolescentes em creches públicas

       “A gravidez precoce preocupa especialistas no mundo inteiro. O assunto tem sido tese de importantes pesquisas de instituições que promovem a vida. Além das meninas não terem, geralmente, estrutura psicológica para criarem seus filhos, se deparam com a falta de recursos financeiros, precisando enfrentar o mercado de trabalho. Além disso, muitas ainda estão estudando e não têm onde deixar suas crianças. Minha proposta é abrangente e beneficia não só a adolescente, mas também toda a família”. Para a vereadora Rose França (PTB), o assunto é um problema social que precisa de apoio da administração pública.
       A legisladora apresentou um projeto de lei que assegura vagas nas creches para mães com idade igual ou inferior a 18 anos. As adolescentes que quiserem o benefício deverão apresentar, a cada seis meses, um documento de freqüência escolar comprovando assiduidade de 75% nas aulas do semestre. Caso não cumpram essa determinação, as mães perderão a prioridade de direito às vagas.
        De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhos de adolescentes. Esse número representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, época da revolução sexual no mundo.
       Uma pesquisa nacional em demografia e saúde, de 1996, mostrou um dado alarmante; 14% das adolescentes já tinham, pelo menos, um filho. Nesses dez anos depois, mais de 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos. “Esses dados me deixam preocupada. A falta de informação, recursos financeiros e orientação na adolescência levam essas crianças a iniciarem a sua sexual muito cedo, interrompendo os estudos e conseqüentemente a previsão de um futuro melhor. Quero tentar melhorar essa situação, dando mínima condição para que essas mães completem seus estudos ou possam trabalhar”, afirmou Rose.
       

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