Publicada em: 09/01/2006 - 389 visualizações

Vereadores pedem melhorias para Ceresp

Vereadores pedem melhorias para Ceresp (09/01/2006 00:00:00)
 

Vereadores pedem melhorias para Ceresp

       A presença de 708 detentos recolhidos no Ceresp e equipes de apenas quatro detetives por turno fizeram com que a vereadora Rose França (PTB) considerasse a situação no local crítica, levando-a a reivindicar providências urgentes às autoridades estaduais. Os números foram levantados em audiência pública realizada hoje (09/01), a pedido da vereadora, para discussão dos problemas relacionados a policiais militares, Ceresp, presídio e escolta de presos. Ela solicitou que cópias da gravação da audiência sejam encaminhadas para o governador Aécio Neves e os secretários responsáveis pela Segurança (policiamento civil e militar).
        Antônio Jorge (PSDB) sugeriu que todos os vereadores, que ainda não conhecem, vão até o Ceresp “para serem tocados pelos problemas”. Após visita recente com a equipe da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o vereador anunciou a destinação de uma ambulância adaptada para segurança, o que reduzirá as dificuldades de transporte.
        Com verba do Programa Nacional de Combate a Aids, o ambulatório será ampliado atendendo também em ginecologia, o laboratório será aprimorado e instalado um Raio X, o que reduzirá a freqüência de saída de detentos para exames e consulta.
        A carência no atendimento às mulheres detentas foi uma das questões que provocaram mais críticas de Rose França. A vereadora reclamou, por exemplo, da falta de vigilância feminina.
        “O bem estar dos policiais civis tem ligação com as condições físicas do Ceresp, afirmou o vereador Eduardo Novy (PTB), ressaltando a necessidade de mais atenção por parte do Estado e da União.
        A importância do investimento em soluções concretas foi feita pelo vereador Flávio Cheker (PT). O petista voltou a defender a implantação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), um sistema alternativo de reintegração dos recuperandos. Além de ensino formal, eles têm acesso a cursos profissionalizantes. O regime funciona sem policiais e agentes carcerários. A segurança é feita pelos próprios detentos.
        Isauro Calais (PMN) entende que as ações para reverter o quadro devem começar no município. Só assim acredita ser possível a diminuição da reincidência, que hoje chega a 85%.
        Nas considerações finais, Rose França disse que “é um castigo ser policial e trabalhar no Ceresp”. Ela espera “que o poder público tome as providências para resolver os problemas enfrentados, pois o povo não pode mais esperar”. Aguarda ainda “solução eficaz para resolver o problema da carceragem feminina.”
        Também participaram da audiência José Carlos Campos, diretor do Ceresp; Capitão Wagner, representando a PM; Léa Costa, da ONG Associação Ecumênica de Apoio Jurídico aos Carcerários, e Manoel Paixão dos Santos, da Pastoral Carcerária.
       

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