Publicada em: 11/09/2025 - 52 visualizações

Setembro Amarelo - Câmara Municipal promoveu palestra sobre depressão

Setembro Amarelo - Câmara Municipal promoveu palestra sobre depressão (11/09/2025 00:00:00)
  • O psiquiatra David Sender pontuou a banalização de classificações de saúde mental que dificulta a compreensão e tratamento de transtornos
 

 

“Achar que as doenças de saúde mental,  como a depressão, são momentâneas e  associadas a estados e situações do dia a dia  “curadas” com yoga e com banho de mar dificultam a real condição da doença e do tratamento”. Foi assim que o médico psiquiatra David Sender iniciou a palestra “Gente Feliz Também Deprime”, realizada pela Câmara Municipal de Juiz de Fora, nesta quarta-feira, 9. O evento foi transmitido ao vivo pela JFTV e pode ser acessado pelo canal da JFTV no YouTube, por meio do link


O evento fez parte das atividades da Casa para o Setembro Amarelo. A vereadora Kátia Franco (PSB) à frente da iniciativa enfatizou a necessidade de informar e desmistificar a depressão e tratar a doença para evitar o suicídio. “É um tema ainda muito evitado por receio e quando a doença acontece é no limite. Trazer a prevenção é fundamental”. 


O médico apresentou alguns sintomas que as famílias devem estar atentas ao observar possíveis casos: mudanças de comportamento, isolamento, falas mais pessimistas, deixar de fazer o que gosta, rompimentos de laços, dormir menos e mudança alimentar. “No caso de jovens, há também a queda do rendimento escolar”. 


Ele reforçou ainda a importância de iniciativas como a da Câmara Municipal e da vereadora Kátia na função de educação e informação. “O papel do Poder Público é essencial no posicionamento para educar a população, considerando que é um problema de saúde pública e o estigma e ignorância acentuam a doença. Educar a população salva vidas”. 


Sender lembra que os familiares podem ajudar. “A família deve procurar escutar sem julgamento - sem frases clichês como fraqueza, falta de Deus ou falta de vontade.  É preciso naturalizar o sofrimento no sentido de que isso tem tratamento e estando realmente ao lado e convencendo aos poucos, uma vez que nem sempre o doente aceitará de imediato”  


Ele aponta ainda a dificuldade que temos de conversar sobre suicídio. “Ninguém quer falar sobre isso numa mesa de jantar. Mas é preciso poder falar sobre esse assunto de maneira fluida e natural. Conseguir falar sobre isso é reconhecer que se está sob risco ou que alguém que se ama está. Por isso, desestigmatizar a doença para uma ajuda precoce é fundamental”  


De acordo com ele, o que impede na maioria das vezes que as pessoas busquem ajuda é a estigmatização do problema. “A depressão não escolhe cara nem gênero. Tem relação à condição genética e também à interferência do ambiente em que uma pessoa vive. O fato é que a maior parte é uma depressão leve. No entanto, há os casos em que existem múltiplos fatores em atuação e a convergência de condições pode levar a casos graves, como o suicídio.


Assessoria de imprensa: 3313-4734


 


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