Publicada em: 09/09/2025 - 39 visualizações
A Câmara Municipal de Juiz de Fora recebeu moradores da comunidade de Pires na tarde de segunda-feira, 8, para tratar da tramitação do Projeto de Lei nº 174/2024, que visa criar a Unidade de Conservação de Pires, que fica no limite com Santa Bárbara do Monte Verde. A reunião foi proposta pelos vereadores Tiago Bonecão (PSD) e João do Joaninho (PSB), após receberem o contato de representantes da comunidade contrários ao projeto, da vereadora Cida Oliveira (PT) e da ex-vereadora Tallia Sobral (PSOL). O projeto propõe a criação da Unidade de Conservação por conta da vegetação local, classificada como Campo Rupestre, rica em nascentes e biodiversidade. Com a tramitação, os produtores rurais procuraram a Câmara em busca de entender o alcance e os impactos que uma Unidade de Conservação poderia causar em suas propriedades. Bisneta de produtores da região, Juliana Assis foi a porta voz da comunidade da Serra de Pires. “Assim como as plantas, a nossa comunidade também é rara, nossas famílias também são raras, não estamos contra a preservação do meio ambiente, a gente não só trabalha pelo sustento da família, mas também sempre pensando em como preservar nossa terra, porque é dali que a gente tira nosso sustento”. Tramitação suspensa No mesmo sentido, para que a comunidade possa participar mais ativamente das discussões, Cida Oliveira anunciou na reunião que vai pedir a suspensão temporária da tramitação do projeto de lei. “A comunidade se mobilizou para vir aqui hoje, para conhecer, para saber como é esse projeto nosso, e eu percebi pela insegurança da população que seria melhor pedir, temporariamente, a suspensão desse nosso projeto, porque nós vamos continuar debatendo com a comunidade”. A questão da Unidade de Conservação mobiliza diversos setores da sociedade, entre eles a ONG Programa de Preservação Ambiental (PREÁ), representada pelo advogado Leonardo Alcântara. Ele defende que as atividades rurais podem conviver tranquilamente com o meio ambiente, e que a preocupação dos ambientalistas recai sobre a instalação de empresas mineradoras na área. “Uma Unidade de Conservação é um espaço territorial especialmente protegido e tem uma vocação de conservar os atributos naturais, porém, pode gerar restrições? Sim, principalmente dentro daquilo que se busca conservar. Mas pode trazer uma série de outros benefícios também: pode assegurar a qualidade da água, pode assegurar a quantidade da biodiversidade que temos ali, então são vários os benefícios, só que isso deve ser clareado para as pessoas”, finalizou. Estiveram presentes os vereadores Cida Oliveira (PT), Marlon Siqueira (MDB), Zé Marcio-Garotinho (PDT), Tiago Bonecão (PSD), João do Joaninho (PSB), Negro Bússola (PV), Roberta Lopes (PL) e Maurício Delgado (REDE). Assessoria de Imprensa: 3313-4734
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