Publicada em: 27/06/2025 - 26 visualizações

Comissão da Pessoa com Deficiência debate fundo municipal e acessibilidade no transporte público

Comissão da Pessoa com Deficiência debate fundo municipal e acessibilidade no transporte público (27/06/2025 00:00:00)
  • Encontro reuniu entidades e representantes da sociedade civil na tarde da última quinta-feira
 

 

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal de Juiz de Fora se reuniu, na tarde da última quinta-feira, 26, para dialogar com representantes da sociedade civil. Participaram do encontro instituições como o Instituto de Mediação Psicologia e Pesquisa (IMEPP), o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e moradores da cidade. As entidades apresentaram demandas de acessibilidade no município. 

Entre os principais temas debatidos, esteve a proposta de criação do Fundo Municipal da Pessoa com Deficiência, uma reivindicação antiga do setor. Segundo Luiz Fernando Freesz, presidente do IMEPP e membro da Mesa Diretora do Conselho da Pessoa com Deficiência, “nós trouxemos pra cá uma luta da pessoa com deficiência, que é a criação do fundo. Implementando o fundo, teremos recursos eficientes para termos um conselho funcionando de forma independente e a utilização desses recursos para benfeitorias e necessidades da pessoa com deficiência”. Ele também citou o programa Viver sem Limites, do Governo federal, que prevê recursos específicos para o setor. “Para que isso aconteça, o fundo precisa estar implementado”, defende.

Além disso, durante o encontro, o presidente do IMEPP também anunciou a realização, em setembro, do 1º Seminário da Pessoa com Deficiência em Juiz de Fora, com foco na inclusão e geração de empregos. Ele ainda destacou que está em pauta a criação do Fórum de Inclusão da Pessoa com Deficiência. “A necessidade desse fórum é que ele seja perene, objetivo e propositivo”, afirma Luiz Fernando Freesz.

A reunião também teve como objetivo ouvir as demandas dos moradores. Cláudio Rami é idoso e utiliza muletas para se locomover; ele fez um apelo por melhorias no transporte público. “A questão é que o transtorno é grande demais. Há poucos dias, eu caí do ônibus na escada destinada para pessoas que usam cadeira de rodas, porque não tenho condição de largar a muleta. Já aconteceu de eu quase ficar preso na porta também. É necessário fazer alguma coisa por aqui”, afirma o morador do Bairro Bandeirantes.

O professor Bruno Fernando Luiz, que tem deficiência visual, defendeu durante o encontro a união da sociedade no combate ao capacitismo e à exclusão. “Independente de qual deficiência seja, se fazemos parte do conselho ou não, devemos nos unir. Toda a sociedade, incluindo a Câmara Municipal, deve se unir em um só propósito. Acredito muito na educação, uma área onde as pessoas com deficiência sofrem muito preconceito. Estamos aí não só para combater o capacitismo, que é crime, mas todo tipo de dificuldade que aflige a pessoa com deficiência. A nossa luta é para termos uma igualdade. A minha deficiência visual não me impede, por exemplo, de fazer minhas atividades cotidianas”, afirma o professor.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência é presidida pelo vereador João do Joaninho (PSB) e conta ainda com os vereadores Dr. Antônio Aguiar (UNIÃO), Maurício Delgado (REDE) e Letícia Delgado (PT) como suplente. “Juiz de Fora está muito atrasada no atendimento às pessoas com deficiência e na acessibilidade. A nossa cidade precisa ter, principalmente no centro da cidade, mais ferramentas de acessibilidade, como melhoria das calçadas, rampas, piso tátil e outras demandas”, defende o presidente da comissão, vereador João do Joaninho (PSB).

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