Em Audiência Pública, na tarde de quinta-feira, 29, os vereadores questionaram o Executivo sobre a redução dos investimentos na área da saúde em Juiz de Fora. O assunto foi discutido durante a apresentação dos resultados fiscais da Prefeitura para os primeiros quatro meses do ano. A Administração Municipal foi representada pelo controlador-geral do município, Diego Pessoa.

Chamou a atenção dos vereadores o percentual investido em saúde entre janeiro e abril. Foram investidos 18,73% da receita corrente líquida do Município em cirurgias, consultas, internações, aplicação de vacinas, entre outros. Em comparação com outros anos, o percentual vem caindo. Entre 2021 e 2024, foram investidos cerca de 20% dos recursos na saúde, e neste ano a queda causou preocupação. 

O vereador Maurício Delgado (REDE) cobrou a presença de secretários Municipais para que fossem questionados sobre situações que vêm ocorrendo com os juiz-foranos. “Os investimentos em saúde estão na pior taxa dos últimos anos”. No mesmo sentido, Roberta Lopes (PL) apontou que “essa Audiência Pública deveria ser para trazer transparência, mas até o momento não trouxe dados concretos para a fiscalização que a gente tem que fazer”.

Sargento Mello Casal (PL) questionou a diferença de R$155 milhões na arrecadação de receitas. “Um dos meses de maior arrecadação é janeiro, e isso me preocupa, porque fizemos uma estimativa de arrecadação de R$4 bilhões, mas se continuar assim estaremos com um déficit de R$466 milhões no final do ano, como vamos pagar as contas?” 

Quanto aos questionamentos dos vereadores, Diego Pessoa explicou que houve uma demora do governo federal em repassar alguns recursos que entram no Orçamento como receita transferida. “O Executivo remanejou recursos de seus cofres próprios para atender à regra constitucional do mínimo de 15% de sua receita corrente líquida na saúde, por exemplo”. Para a educação também há um valor mínimo a ser investido, que é de 25% das receitas. A PJF cumpriu esse mínimo estabelecido, investindo 25,08% em vagas em creches e crianças matriculadas nas escolas municipais. 

Para os primeiros quatro meses do ano, a previsão era de arrecadar R$1,2 bilhão e foram arrecadados 98% desse total. Quando se considera o ano de 2025 inteiro, Juiz de Fora já tem em seus cofres públicos 33% do total previsto. Quanto às despesas, a previsão é de gastar R$4,3 bilhões durante o ano e, nos primeiros quatro meses, já foi gasto R$1,1 bilhão. 

Estiveram presentes também na audiência os vereadores André Luiz Vieira (REPUBLICANOS), Roberta Lopes (PL), João do Joaninho (PSB), Fiote (PDT), João Wagner Antoniol (MDB), Letícia Delgado (PT) e Tiago Bonecão (PSD). 

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