A Câmara Municipal sediou no Plenário nesta quinta-feira, 29, o evento de encerramento da campanha do Maio Laranja, em Juiz de Fora. Ação, na manhã do dia 29 de maio, aconteceu por meio das Comissões de Defesa da Criança e do Adolescente e de Segurança Pública em parceria com os Conselhos Tutelares. Contou com a participação do presidente da Mesa Diretora, Zé Márcio-Garotinho (PDT), vereadores Negro Bússola (PV), Letícia Delgado (PT), João Wagner Antoniol (MDB), Dr. Marcelo Condé (AVANTE) e André Luiz Vieira (REPUBLICANOS).

A presidente da Comissão de Segurança Pública, Letícia Delgado,  chamou a atenção para a importância de eventos como este para alertar sobre o combate a um crime grave, que é a exploração e o abuso sexual contra crianças e adolescentes. “Maio chega ao fim, mas devemos continuar com esta luta todos os meses”. 

Letícia reforçou que os programas de acolhimento são essenciais. Ela citou o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, que oferece proteção para crianças e adolescentes em situação de risco. “É uma iniciativa de extrema importância e que merece mais visibilidade”, destaca a vereadora. 

O vereador Negro Bússola frisou a importância de ouvir atentamente para poder agir de maneira mais eficaz e trazer essa discussão tão importante para a Câmara. “Não podemos terceirizar a responsabilidade, temos que fazer nossa fala ser um discurso verdadeiro que se estende para além da palestra e chegue até as ruas”. 

João Wagner corroborou a importância da denúncia. “Denuncie! Não fique calado, o disque 100 é 24 horas. Nossa rede de apoio vai funcionar de forma mais efetiva. Precisamos ficar atentos às nossas crianças e observar os sinais que elas dão”, disse ele. 

Sinais

Além dos vereadores, conselheiros tutelares, representantes da Secretaria Municipal de Educação, do Ministério Público e das polícias Civil e Militar participaram do evento. 

A titular da Delegacia de Mulheres, Alessandra Azalim, relatou a dificuldade que até mesmo especialistas têm em perceber um caso de abuso. Afirmou que, na maioria das ocorrências, as vítimas dão sinais como automutilação, perda de apetite, isolamento e até depressão. “A gente precisa ficar atento a esses sinais. Observem as crianças”, disse ela, lembrando ainda a possibilidade de subnotificação, já que a maioria dos casos ocorre dentro de casa. 

Cento e onze crianças e adolescentes foram vítimas de violência sexual em Juiz de Fora. Os dados são da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) e foram registrados a partir de maio de 2024 até agora. E pelo menos 66,67% dos casos aconteceram dentro das casas. Os casos de abuso e exploração sexual precisam ser denunciados pelo Disque 100. O número 180, da Polícia Militar, também é um canal de denúncia.  

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