O vereador Negro Bússola (PV) concedeu entrevista ao canal da JFTV nesta quarta-feira, 30, sobre o empreendedorismo social e o poder das comunidades em gerar oportunidades. O parlamentar destacou os trabalhos de dois projetos sociais: a Casa de Cultura Evailton Vilela e a Ação Social Negro Bússola como exemplos possíveis para a periferia. “Um empreendedorismo voltado para a comunidade onde há potenciais de progredir, aprender, ensinar e absorver. Para isso é necessário criar pontes e derrubar muros, aproveitando o próprio entulho como linha de passagem. É uma das prerrogativas que temos não somente na casa de cultura do Santo Efigênia, onde há um núcleo TEA e TDAH. [...] E também dando oportunidade para as comunidades por meio da Ação Social Negro Bússola, na Avenida Ibitiguaia, no Bairro Santa Luzia”.

Na Ação Social, são oferecidas atividades que passam de caminhada até levar à autonomia: balé, informática, violão, línguas, profissionalização na área de estética com foco no empreendedorismo e no fortalecimento de vínculos. “Trabalhar a juventude independentemente do gênero. A questão primordial é ser no contraturno escolar e preparar para o empreendedorismo. Já no Santa Efigênia há mais concentração dos trabalhos com coworking, com neuropsicopedagogo, psicóloga, terapia ocupacional… necessidades que existem em Juiz de Fora e contemplam mães que não eram assistidas”. 

O vereador lembrou ainda que a região é pouco assistida pelos órgãos públicos, o que leva, segundo ele, os setores empresariais, associações e entidades da sociedade civil sem fins lucrativos a saírem do estado de inércia. Negro Bússola apontou ainda que há necessidade de fomento e que algumas ações do Poder Público deveriam se tornar política de Estado. “O que ocorre é que muitas vezes, quando se entra na Administração da Prefeitura, se quer dar uma cara à sua gestão e se rompe brutalmente projetos que já vinham dialogando com a periferia e ouvindo suas inquietações. É necessário ouvir o protagonismo periférico para criar políticas públicas com mais eficácia. E se leva tempo para atender essa demanda e quando se está no ápice daquilo que se planejou, vem outro governo e rompe”.

Ele finalizou a conversa sendo enfático em relação ao poder da periferia. “A periferia é igual ao Espírito Santo na região Sudeste – pouco mencionada, mas faz parte do bloco”, comparou. 

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