Parlamento Jovem de JF define propostas para plenária estadual

       Sete estudantes selecionados nos Colégios Jesuítas, Santos Anjos, Santa Catarina e nas Escolas Estaduais Coronel Antônio Alves Teixeiras e Antônio Carlos, integrantes do Parlamento Jovem de Minas, vão defender as propostas de Juiz de Fora na plenária estadual nos dias 18 e 19 de agosto, em Belo Horizonte. Na oportunidade, adolescentes de 18 municípios, inscritos no projeto, vão debater e definir nove propostas de todo o Estado a serem encaminhadas à Comissão de Participação Popular da Assembléia Legislativa sobre o tema chave: “Drogas, como prevenir?” e os subtemas: a sua relação com a família, a escola e a sociedade. As propostas locais (duas por subtema) foram definidas em plenária municipal nesta quarta-feira (08/06) na Câmara. As atividades foram coordenadas pelos profissionais do Centro de Atenção ao Cidadão (CAC) e acadêmicos do curso de Ciências Sociais da UFJF.
        Os trabalhos foram abertos pelo presidente da Câmara, Carlos Bonifácio (PRB), que saudou os presentes e destacou a atuação dos jovens parlamentares. “O fato de vocês estarem inseridos em um projeto de cidadania mostra o quanto já estão empenhados em evitar que a nossa cidade viva uma epidemia. O número de usuários de drogas em Juiz de Fora tem aumentado e precisamos criar medidas também para proporcionar a reabilitação de dependentes químicos. A melhor maneira de evitar que a situação piore ainda mais é o trabalho de conscientização, que precisa começar desde cedo”, disse.
        Luiz Carlos Moreira de Carvalho, conhecido como Ludovikus, professor da Escola do Legislativo de Belo Horizonte, acompanhou os debates. Ele informou que a Assembléia Legislativa de Minas desenvolve o projeto Parlamento Jovem há oito anos por acreditar que essa parcela da população pode definir os rumos da sociedade.
       Propostas de JF priorizadas para a plenária estadual
       Tema: Drogas, como prevenir?
       Subtema: O jovem e o papel da sociedade
       Abertura pelo governo de possibilidade para que as empresas destinem x% das suas vagas de trabalho aos dependentes químicos, comprovadamente tratados em clínicas de reabilitação. Ao poder público caberá a criação de benefício fiscal para as empresas que aderirem a estas mudanças.
       Obrigatoriedade da veiculação de propagandas periódicas por meio de TVs, rádios, jornais, outdoors e panfletos que informem sobre os riscos do uso de drogas lícitas e/ou ilícitas. As propagandas de drogas lícitas, serão custeadas pelos próprios fabricantes e de ilícitas, pelo Governo.
       O jovem e o papel da família
       Incremento do Programa Saúde da Família, mediante a implantação nas Unidades de Atenção Primária à Saúde de equipes multiprofissionais, devidamente capacitadas, que atendam exclusivamente a famílias que necessitem de orientação ou tratamento relacionado ao uso de álcool ou outras drogas. As equipes atuarão também em ações internas e externas realizadas periodicamente, com o intuito de promover e melhor esclarecer a comunidade sobre a prevenção e diminuição de danos relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Criação de centros utilitários de intervenção e exclusivo apoio às famílias de dependentes químicos.
       Inclusão do tema “Drogas, como prevenir?” no momento da acolhida nas salas de espera das UPAS - Unidades de Atenção Primária à Saúde. O programa já existe e é direcionado aos pacientes com diabetes, hipertensão e DST. A intenção é ampliá-lo.
       Subtema: O jovem e o papel da escola
       Inclusão no currículo escolar das redes pública e privada de ensino de atividades periódicas de prevenção às drogas lícitas e ilícitas, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, usando uma linguagem apropriada a cada série, através de atividades culturais. Parte da pontuação bimestral seria direcionada ao projeto objetivando o maior interesse dos alunos.
       Criação, dentro das Escolas, de programas diversificados de atividades culturais, dentre eles música, teatro, dança e atividades esportivas com a finalidade de agir indiretamente na prevenção ao uso de álcool e outras drogas. Esta medida deve ser obrigatória. Aos alunos caberá escolher entre uma atividade cultural ou esportiva e à escola, criar incentivos.