Publicada em: 09/11/2023 - 255 visualizações
As políticas públicas federais de incentivo ao esporte e as formas de acesso a elas foram tema apresentado e discutido na manhã desta quinta-feira, 9, durante apresentação da diretora de Projetos Paradesportivos de Educação, Lazer e Inclusão Social da Secretaria Nacional do Paradesporto do Ministério do Esporte, Nayara Karin Falcão, no Plenário da Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF). O encontro fez parte das programações da Semana do Esporte, promovida pela Comissão de Esporte e Lazer. Os vereadores Tiago Bonecão (CIDADANIA – presidente) e Maurício Delgado (UNIÃO) participaram da abertura, e reforçaram os trabalhos conjuntos com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, presidida por Maurício, para a inclusão por meio do esporte.
Nayara Falcão abriu sua exposição falando sobre os preconceitos estruturais contra pessoas com deficiências e os caminhos para garantir mais oportunidades. Para dar a tônica das condições atuais do Ministério do Esporte, a secretária explicou que o orçamento atual vem definido da gestão federal anterior, que estipulou R$1,8 milhão. "Esse orçamento é baixo para todo um ministério. É o que o estado da Bahia investe somente em canoagem". Nayara aproveitou a ocasião para uma crítica construtiva ao termo paratleta. “ [A palavra] Paratleta é um termo capacitista. Por que não usar ‘atleta’? Existe paramãe, parapai, parafilho, parapessoa, paraprofessor? Vamos parar de reproduzir o paratleta e dizer que somos atletas?”.
A democratização do esporte como cultura foi o principal apontamento de Nayara como caminho para transformar e impactar positivamente a vida de todos levando em consideração as especificidades de cada um. De acordo com ela, há no Brasil 18,6 milhões de pessoas com mais de 2 anos de idade com deficiências, o que representa 8,9% das pessoas do país. Esse total de 18,6 milhões está dividido pelas regiões do país nas seguintes proporções: 8,2% (Sudeste), 8,4% (Norte), 8,6% (Centro-oeste), 8,8% (Sul) e 10,3% (Nordeste). Além disso, 73,38% dos municípios brasileiros não possuem programas destinados às pessoas com deficiência no esporte. Juiz de Fora vai na contramão desse processo, contando agora, com o Centro de Referência Paralímpico.
Um outro aspecto para a participação de todos na inclusão das pessoas com deficiência é a reflexão de que não se sabe, a priori, como ajudar. É preciso perguntar. "Por isso é importante se perguntar. Você, como pessoa sem deficiência, faz o que para incluir a pessoa com deficiência? Outra questão: é perguntar como se pode ajudar e não achar que sabe o como. Pegar no braço de repente, empurrar a cadeira sem conversar, fazer gestos com as mãos como piada se estivesse realmente se comunicando são algumas práticas comuns".
A inclusão ainda na infância foi outra abordagem para a inclusão biossocial e a educação social para além do "cada um no seu quadrado". Para Nayara é fundamental que a educação física escolar aconteça com todos jogando e participando juntos nas diversas faixas etárias – mas juntos. “Se a escola não entender a importância da educação nesse cenário, a gente está perdendo. Isso se aplica na segurança pública, na saúde, e em outros ramos da gestão [...] E das políticas públicas é a mais barata para investimentos e com retorno positivo".
A palestra completa pode ser assistida no canal da JFTV, 35.1, ou pelo YouTube.
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