Publicada em: 25/10/2023 - 869 visualizações

Tribuna Livre - Associação de motoboys, motogirls e entregadores defende pontos de apoio para os profissionais

Tribuna Livre - Associação de motoboys, motogirls e entregadores defende pontos de apoio para os profissionais (25/10/2023 00:00:00)
  • Os entregadores motociclistas e ciclistas pediram a aprovação do PL 248/21 em trâmite na Casa, que trata da instalação de pontos de apoio para a categoria
 

Os desafios da categoria de entregadores motociclistas foram representados nesta terça-feira, 24, durante a participação de Nicola Souza Santos, representante da Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora na Tribuna Livre Vereador Natanael Elói do Amaral na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF). Durante a defesa da proposição, os profissionais reforçaram as condições que impossibilitam o trabalho, como a falta de local para descanso, alimentação, carga do celular e banheiro. Também se manifestaram na Tribuna Wendy Campos Paiva, Peterson Ribeiro e Tiago Neto. 

 

Nicolas apresentou elementos constitucionais que prevêem direitos aos trabalhadores e defendeu o Projeto de Lei  248/21, de autoria da vereadora Cida Oliveira (PT), em trâmite na Casa, que trata de tais garantias para a categoria: “a gente quer avançar nas garantias constitucionais de saúde, higiene e segurança e não estamos pedindo nada além do que está previsto na Constituição Federal”. Em outro ponto, Nicolas argumentou que a empresa internacional líder do setor de delivery  tem no Brasil 82% do mercado nacional e tem uma receita estimada de R$3,4 bilhões. “Como exatamente a instalação de um ponto de apoio pode afetar esses R$3,4 bilhões, considerando que nas plataformas digitais o grosso da receita não vem do operacional, não é no lanche e na entrega que ganham o dinheiro deles, mas na carteira de clientes? A empresa é dona, por exemplo, de moto elétrica”.

 

Ainda sobre a empresa em questão, Nicolas exemplificou que a sede da multinacional tem bebida de graça, mesa de sinuca, puff. “Os funcionários podem entrar e sair na hora que quiserem. Isso afeta a lucratividade da empresa? E por que então temos isso em Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Salvador, Curitiba e Rio de Janeiro? Estamos falando sobre dignidade humana". 

 

As condições dos profissionais foram relatadas também por Peterson Ribeiro. “A realidade é a gente trabalhar por 10-12 horas em cima de uma moto ou bicicleta e a gente pedir água ou uso do banheiro e ser negado. Já tem no Rio, já tem em São Paulo. E em nenhum deles a empresa multinacional acabou. Nem vai porque terá mais incentivo para mais trabalhadores”. 

 

Os vereadores Laiz Perrut (PT), Tallia Sobral (PSOL), Tiago Bonecão (CIDADANIA), Bejani Júnior (PODE), Juraci Scheffer (PT), Pardal (UNIÃO) e Antônio Aguiar (UNIÃO) se manifestaram favoravelmente ao projeto e aos direitos dos profissionais. 

Mais informações: 3313-4734 - Assessoria de imprensa

 


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