Publicada em: 31/05/2023 - 633 visualizações

Vereadores debatem piso salarial estadual e cobram melhorias na educação em MG

Vereadores debatem piso salarial estadual e cobram melhorias na educação em MG (31/05/2023 00:00:00)
  • Representantes do SindUte/MG também reclamaram da cobrança de R$ 3,2 milhões de reais como multa por greve; encontro foi proposto pela vereadora Cida Oliveira (PT)
 

 

Cumprimento da lei do piso salarial até 40 horas, cobrança de dias repostos durante grave, valorização da carreira, revogação de medidas que inviabilizam a prestação de um serviço público de qualidade e aumento no número de vagas na educação pública em Juiz de Fora. Essas foram algumas das reclamações apresentadas por representantes e professores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Minas Gerais (SindUte/MG) durante a Audiência Pública (AP) realizada no Plenário da Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) na tarde desta quarta-feira, 31. A condução da AP foi feita pelo presidente da Casa, Zé Márcio-Garotinho (PV). 

 

Proponente da audiência, a vereadora Cida Oliveira (PT) esclareceu que uma das lutas atuais dos sindicalizados recai sobre a cobrança de R$ 3,2 milhões referentes a dias repostos durante uma greve dos professores por melhorias na educação. “O governador ataca o sindicato único da educação ao insistir na cobrança mesmo após a reposição dos dias paralisados. Com a reposição, não há porque um ataque desses”, apontou a parlamentar, afirmando que o governador não cumpre o piso salarial nacional mesmo após aprovação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No estado, o governo considera que paga um piso de R$ 2.350,49, entendendo que seria um pagamento proporcional à jornada de 24 horas. Essa proporcionalidade é um dos maiores questionamentos da categoria, além do entendimento de que o reajuste deveria ser maior.

 

Os vereadores se manifestaram sobre o tema. Tallia Sobral (PSOL) denunciou o fechamento de turmas de 1º ao 5º ano em escolas estaduais. “A consequência é a migração forçada de crianças para escolas longe de suas residências”. Já Juraci Scheffer (PT) defendeu que “educação não é gasto, é investimento. É preciso investir os 25% constitucionais na educação”, destacando que é necessário prover melhorias nas escolas e em passe-livre para os estudantes, por exemplo. A vereadora Laiz Perrut (PT) apontou que existem profissionais em escolas que recebem menos de um salário mínimo, e que esses centros de ensino estariam sem recursos para serviços básicos: “recebemos muitos pedidos para que a Prefeitura faça capina em escolas, e isso é um dever do governo do estado”, exemplificou.

 

Representando o governo, a superintendente Regional de Ensino de Juiz de Fora, Dalva Rodrigues, admitiu que as mudanças estão lentas, mas estão acontecendo. "Poderíamos estar mais avançados no pagamento do aumento salarial. Mas estamos caminhando. Há boa vontade do governador”. Na última terça-feira, 30, o governo do estado propôs um reajuste de 12,84%, retroativo para janeiro de 2023, em razão do pagamento do Piso – que teve um aumento nacional em 14,95%. Na fala dos presentes, professores relataram dificuldades no ensino durante a pandemia e que as incertezas nas contratações e no pagamento da correção pelo Piso Nacional causam malefícios à categoria.

 

Também participaram do debate os vereadores Bejani Júnior (PODE), Sargento Mello Casal (PTB), e Vagner de Oliveira (PSB). 

 

Mais informações: 3313-4734 - Assessoria de Imprensa

 

 


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