Está em exposição na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) um documento histórico que registra o discurso de saudação ao imperador Dom Pedro II, em sua visita à cidade de Juiz de Fora no dia 20 de março de 1878. A exortação, pronunciada pelo então presidente da Câmara, José Capistrano Barbosa, integra a Exposição Câmara em Memória: 170 anos de história, exposta em homenagem ao aniversário da Casa a partir da última sexta-feira, 14.

“A Província de Minas, Senhor, que pela primeira vez se gloria de Vos ver em seu seio, há de recordar eternamente que quando no memorável ano de 1861 o Sol pairava debaixo do Trópico Setentrional para daí derramar pela superfície da terra seus raios  vivificantes, nessa mesma ocasião o Imperador Pedro 2º nas margens do Paraibuna debaixo do Trópico austral vivificava os germes de prosperidade que jazem adormecidos sob o solo mineiro [texto em grafia original]”, relatou José Capistrano, que falou em nome da cidade na ocasião, demonstrando o protagonismo do Legislativo nas páginas de Juiz de Fora.

A história da cidade é contada ainda por outros importantes documentos, resgatados pela CMJF nesta exposição. No inventário, estão também a primeira lei da cidade; a mais antiga ata de Reunião Ordinária presente nos arquivos históricos; a comunicação de importantes leis à cidade, como a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea; e até mesmo uma planta das ruas da cidade, elaborada pelo engenheiro francês Howyan no século XIX.

Além de estar presente na exposição, o discurso ao imperador também consta no livro História de Juiz de Fora – até 1950, escrito por Paulino de Oliveira, reeditado e relançado pela Câmara Municipal também em comemoração aos 170 anos da Casa do Povo. A obra também traz outros dados, reproduz documentos e informações essenciais que contam a trajetória da cidade, com fatos desde o século XVIII até o ano de publicação do livro, 1950. 

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