Seminário discute Sistema Carcerário de Juiz de Fora

       “Todos nós sabemos que o sistema carcerário brasileiro ainda é muito deficiente. É preciso avançar em programas e projetos que transformem esse modelo atual em referência de respeito aos direitos humanos. Existem falhas, mas existem muito mais omissões dos poderes constituídos, da sociedade organizada e até mesmo, da própria população, que por falta de informações e interesses não tenta mudar essa realidade”. A defesa é do vereador Flávio Cheker (PT) que participa, no dia 8 de dezembro, sexta-feira, do Seminário “A realidade do sistema prisional de Juiz de Fora e a participação da comunidade”. A promoção do evento é da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, da qual o vereador é presidente; da Pastoral Carcerária da Arquidiocese da cidade; da Comissão de direitos Humanos da OAB e da Secretaria de Defesa Social do Estado de Minas Gerais.
       Para o legislador, a idéia principal desse encontro é elaborar propostas para a efetiva mudança da atual realidade prisional do município. Para Flávio, o Seminário será um espaço aberto à reflexão e análise das perspectivas do cumprimento da sentença. “Queremos que as unidades prisionais sejam transformadas em oficinas de ressocialização e integração dos condenados ao mercado de trabalho e a vida cotidiana. Isso tudo, é lógico, sem perder o seu lado punitivo”, disse.
       O Seminário acontece no Auditório do CES com participação do subsecretário de Administração Penitenciária do Estado, Genilson Ribeiro Zeferino, e do juiz da Vara de Execuções Criminais de Minas, Amaury de Lima e Souza. O evento será coordenado pelo vereador que tem tentado, junto ao Estado e ao Executivo trazer, para Juiz de Fora, um dos mais eficazes modelos de unidade carcerária, que é a APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados.
       O projeto das APACs foi criado em 2001 pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais para dar suporte às ações de inclusão social de recuperandos do sistema carcerário. Através da APAC o programa de recuperação foi possível promovendo a humanização das prisões. Itaúna foi o primeiro município a implantar o projeto.

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