As Comissões de Segurança Pública e de Educação, Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) se reuniram na tarde da última terça-feira, 24, para debater a atual situação de segurança da Praça do Riachuelo e a proteção e preservação do Monumento aos Expedicionários - tombado pela Prefeitura de Juiz de Fora, por sua importância cultural para a cidade.

O presidente das comissões, Sargento Mello Casal (PTB), destacou a importância da praça e a forma de utilização dos últimos tempos. “O local é utilizado para coisas ruins, como por exemplo o uso de drogas, só o fato de terem pessoas dormindo não é o problema e, sim, a utilização para crimes. Precisamos tentar junto aos órgãos competentes levar eventos, para que a praça se torne viva, para que ela realmente seja vista de outra forma, queremos pessoas visitando o local, mais  segurança para o comércio no entorno, precisamos de fato pensar em uma melhor utilização do espaço e a valorização dos monumentos”. O vereador João Wagner Antoniol (PSC) cobrou do Executivo informações objetivas das ações da Secretaria de Desenvolvimento para o local e a resolução dos problemas. “Desde o ano de 2021 verbas já foram enviadas para o Município para serem gastas com melhorias e com os moradores de ruas e não foi feito nada até agora. Cadê os projetos?” questionou ele, divulgando uma verba que a Prefeitura tem em caixa. “A verba vence em dezembro de 2022 e até agora não foi realizado nenhum gasto, verba de aproximadamente R$ 4 milhões”. 

André Luiz (REPUBLICANOS) cobrou mobilização do Executivo e um plano estratégico para o local. Tiago Bonecão (CIDADANIA) relatou que durante os sete anos que ficou à frente da diretoria operacional do Demlurb, todos os dias era necessário limpar o local, pois os moradores de rua faziam suas necessidades na praça. Ele também cobrou do Executivo banheiro no logradouro, uma reivindicação dos trabalhadores que ocupam o espaço. 

Coronel Renato Preste, representando a Secretaria de Governo, destacou a comunicação aberta com a Prefeitura de Juiz de Fora. “O diálogo já está sendo feito da melhor forma possível. A Praça do Riachuelo é um problema que envolve vários atores. A questão do  cercamento já foi olhada e tem um parecer técnico da Segurança Pública da Polícia Militar. É importante ressaltar que esse encontro de hoje foi o ponto de partida e eu acredito que muitas coisas boas possam vir". 

O presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB/Seção Regional de Juiz de Fora (ANVFEB/SR/JF), Marcos Antônio Forte, acredita que para manter o espaço preservado neste momento até que se faça algo de concreto com os órgãos é preciso que seja feito o isolamento do espaço. “Fomos convidados para tratar sobre o patrimônio a nível nacional, porque anteriormente era mais protegido e hoje está sendo ocupado pelos moradores de rua. Com a retirada das grades ficou sem uma proteção física e a polícia não tem condições de fazer a vigilância diuturnamente no espaço. A praça é para ser ocupada sim pelo público, mas com  devido direcionamento, sem a grade piorou a situação”. 

Em breve será marcada uma nova reunião com os responsáveis pela Praça para analisar as possibilidades de ocupação de forma positiva do espaço, e a possível criação de um plano estratégico para transformar o local para visitação.

Estiveram presentes também representantes da Associação dos Militares da Reserva Remunerada, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas, da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, da 30ª Companhia da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da Funalfa, da Secretaria de Assistência Social e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, além dos vereadores Bejani Júnior (PODE), Vagner de Oliveira (PSB) e a vereadora Laiz Perrut (PT).

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