Publicada em: 01/06/2010 - 156 visualizações

Saúde é tema central de audiência da Câmara Mirim

Saúde é tema central de audiência da Câmara Mirim (01/06/2010 00:00:00)
  • Saúde é tema central de audiência da Câmara Mirim        A Câmara Mirim reuniu-se nesta terça-feira (01/06) em audiência pública que debateu a saúde do município. A vereadora mirim presidente, Mariana Aparecida Côrrea, dirigiu os trabalhos. Após a...
 

Saúde é tema central de audiência da Câmara Mirim

       A Câmara Mirim reuniu-se nesta terça-feira (01/06) em audiência pública que debateu a saúde do município. A vereadora mirim presidente, Mariana Aparecida Côrrea, dirigiu os trabalhos. Após a audiência houve uma reunião ordinária que recebeu a renúncia do vereador mirim Gabriel Pires Bonagio. Seu suplente, Renato Antônio dos Santos, foi convocado.
       O advogado do Centro de Atenção ao Cidadão da Câmara, Sérgio Loures, discorreu sobre as razões da audiência pública. “Ela permite um debate sobre o tema proposto e promove a instrução dos participantes. O material a que todos têm acesso na audiência será levado para as escolas de origem. Durante uma reunião ordinária serão votadas as propostas que surgirão destas discussões nas escolas”, falou.
       O vereador-mirim Rodrigo Médici usou a tribuna para denunciar que falta um médico de família e um assistente social na UBS de Retiro. Sérgio Loures disse que esta intervenção vai originar requerimentos a serem encaminhados aos vereadores e ao prefeito Custódio Mattos. O secretário-executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos, lembrou que a contratação de pessoal é um dos maiores problemas da Secretaria de Saúde. Ele afirmou que o médico de família trabalha oito horas por dia e precisa ser remunerado por isto. Ele tem dedicação exclusiva. Segundo Jorge, a contratação deste profissional é difícil pelas especificidades da função e pelos baixos salários oferecidos.
       O vereador mirim Wallace Pasqualini falou que várias pessoas na audiência reclamaram das verbas que são destinadas à saúde. Mas destacou que é necessário olhar o lado do cidadão que precisa fazer a sua parte, guardando o lixo, por exemplo. “O problema da dengue não é da pessoa, é da comunidade”, disse. O vereador presidente da Comissão de Saúde Pública e Bem Estar Social, José Manuseto Fiorilo (PDT), apresentou as atividades da comissão e os avanços conseguidos com sua atuação. Ele falou sobre a audiência pública realizada sobre a judicialização da saúde. E deu como exemplo o caso de remédios caros que não fazem parte das listas como fornecido pelo governo. Era usual que se entrasse na Justiça para obter os medicamentos, o que era um processo demorado e muito custoso para a prefeitura. “Depois da audiência pública, a judicialização diminuiu”, disse ele.
       Fiorilo lembrou que a falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde (UBSs) diminuiu depois das várias reuniões com a participação da comissão, que teve outro de seus integrantes, o vereador Chico Evangelista (PP), presente. “Temos problemas desde a atenção primária até as unidades de tratamento intensivo. Se as UBSs funcionassem bem, 85% dos problemas seriam resolvidos nelas. Não haveria necessidade de chegar até aas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou aos hospitais. Nós visitamos várias unidades de saúde que estão deterioradas fisicamente. O médico hoje está largando o serviço público porque o salário dele é baixo. O SUS é complexo. A função do vereador é cobrar, correr atrás das denúncias”, declarou.
       O secretário-executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos, disse que o conselho tem poder emanado da Constituição, que criou o SUS. Ele explanou que só a partir do SUS foi instituída a assistência gratuita à saúde. E falou que o município recebe por cada cidadão R$ 13, per capta. “No bairro de cada um de vocês tem um conselho local de saúde, vocês devem participar”, convidou. A ouvidora de saúde Samantha Borchear ressaltou a universalidade do SUS. “Ele é o melhor plano de saúde. O que falta é igualdade na transferência de recursos”, afirmou.
       A audiência contou com intensa participação da platéia. Vários integrantes do Comitê de Cidadania da Escola Municipal Dr. Adhemar Rezende de Andrade participaram dos debates. Keyla de Oliveira, discorreu sobre as deficiências da prestação de serviços de saúde. E declarou que seria adequada a contratação de médicos e criação de um plano de cargos e salários. O outro representante, Moisés Cândido Neto, também discorreu sobre problemas de atendimento. Ela citou que os governantes alegam falta de verbas. E questionou porque os candidatos prometem melhorias na saúde nas campanhas, se depois alegam falta de recursos. Outro integrante do Comitê da escola, o suplente de vereador que será empossado, Renato Antônio Dias, também criticou a administração das verbas. “Saúde é um direito de todos”, disse. A audiência contou com a presença de vereadores de Matias Barbosa.

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