Publicada em: 13/05/2021 - 135 visualizações
Dr. Antônio Godinho desfez ainda alguns mitos como os usos de ginkgo biloba e polivitamínicos vendidos em farmácias. A Semana Municipal do Idoso tem eventos até o dia 14, sempre às 16h na JFTV Câmara canal 35.1 e no YouTube; encontro foi conduzido pelo vereador André Luiz
O que podemos fazer para não perdermos a memória? A dúvida que acomete principalmente as pessoas idosas foi o tema da palestra do médico geriatra dr. Antônio Godinho, como parte da programação da Semana Municipal da Pessoa Idosa. O vereador e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, André Luiz (REPUBLICANOS), conduziu o encontro transmitido pela JFTV Câmara, canal 35.1 e YouTube, nesta quarta-feira, 12. O geriatra esclareceu algumas dúvidas e desfez alguns mitos relacionados a tratamentos sem comprovação científica. Participaram do evento o gerontólogo José Anísio da Silva (Pitico) e o presidente do Conselho Municipal do Idoso, Rafael Cunha. Também fazem parte da comissão os vereadores Julinho Rossignoli (PATRIOTA), presidente; Tiago Bonecão (CIDADANIA); e Nilton Militão (PSD).
Com o alerta de que a cada três segundos uma pessoa é diagnosticada com demência no mundo e de que a doença é constantemente associada à perda de memória, o geriatra explicou que há ainda outros diagnósticos que adoecem. “Mas a demência é a que mais incapacita a pessoa idosa, é a que tira o idoso do convívio familiar, profissional e social. Numa hierarquia, é a situação que mais faz o idoso perder sua autonomia e a sua independência. A doença não leva à mortalidade precoce, mas se arrasta durante os anos levando a gastos enormes além de cuidados constantes porque a pessoa perde a capacidade de gerir a própria vida”. O envelhecimento da população brasileira somado ao baixo grau de escolaridade entre as pessoas idosas no país são agravantes para as políticas públicas dos próximos anos, vaticinou o médico geriatra. Ele esclarece ainda que embora atinja muitas pessoas no mundo todo, a demência não é o principal desencadeador da perda de memória, mas a depressão, o abuso na ingestão de álcool e a insônia.
Então, como garantir a qualidade da memória? Por não haver remédio que leve à cura da falta de memória pela demência, mas medicações que apenas melhoram os sintomas de forma paliativa, o dr. Godinho aponta que os principais inimigos da pessoa idosa são sedentarismo; analfabetismo, pela escassez de informações; diabetes; isolamento social; surdez, que também leva ao isolamento; dificuldade para enxergar; e medicações inadequadas para dormir. O médico deu ainda dicas de como se proteger: atividades físicas constantes, e se for na rua, o geriatra adverte que seja feita pelo idoso já vacinado contra a COVID-19 em duas doses depois do prazo determinado pela vacina e com máscara: “Não é para se aproximar de ninguém para cumprimentar, não é para estender a mão, abraçar ninguém. E pode fazer exercício físico ao ar livre”. Outra sugestão do dr. Godinho é o aprendizado constante, principalmente de assuntos não comuns para o exercício mental da aprendizagem. “Se eu, médico, leio assuntos sobre medicina, não me ajuda a prevenir demência, por exemplo”. Outros pontos são a alimentação saudável, inclusão social, controle de diabetes, aparelho auditivo, óculos com receita atualizada.
Algumas das dúvidas apresentadas durante o bate-papo estavam relacionadas aos usos da planta ginkgo biloba e das palavras cruzadas. O geriatra respondeu que a ginkgo biloba não tem funcionalidade no tratamento e prevenção da demência. “O que ela tem de benefício confirmado por pesquisas científicas é o poder de tratamento para labirintite e varizes. Já as palavras cruzadas sozinhas não têm funcionalidade, sendo eficaz apenas para quem está aprendendo a fazer, mas só enquanto for um aprendizado. No entanto, preencher palavras cruzadas ajuda a combater a ansiedade". Ele alertou ainda que “polivitamínicos vendidos em farmácias não têm também funcionalidade para prevenir demência, mas sim vitaminas in natura na alimentação saudável”.
Para os próximos anos, o geriatra prevê grandes desafios para Juiz de Fora devido ao envelhecimento da população. Godinho adverte que para diminuir o número de pessoas que terão demência no futuro é fundamental o trabalho conjunto do Poder Público e das famílias. Para ele, “sem a presença do SUS não é possível dar acesso a essa população e promover a união das categorias profissionais. Nenhum sistema de saúde consegue fazer isso. Só o SUS”.
Clique aqui para assistir a palestra na íntegra.
Confira a programação completa da Semana Municipal da Pessoa Idosa 2021:
Dia 13, quinta-feira: Vidas Idosas Importam - bate-papo com especialista
Dia 14, sexta-feira - Momento interreligioso (encerramento).
A programação prevista pode sofrer alterações. Todos os eventos serão on-line e transmitidos pela JFTV Câmara, canal 35.1
Mais informações: 3313-4734 - Assessoria de Imprensa
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