Publicada em: 26/04/2021 - 218 visualizações
O evento Meu Ilê, Meu Axé aconteceu na última sexta feira, 23, de forma on-line, e contou com a presença de representantes religiosos e ativistas sociais
A Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF), em parceria com a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage da Prefeitura de Juiz de Fora (Funalfa), para celebrar o Dia Municipal das Religiões dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, instituído pela Lei Municipal 1.3918/2019, apresentou o 1º Encontro Meu Ilê, Meu Axé na última sexta-feira, 23. O evento, em sua primeira edição e acontecendo no formato on-line, teve como objetivo promover discussões com representantes de várias religiões de matriz africana e pautar temas transversais que influenciam a rotina da cidade.
Em sua abertura, o encontro contou com a participação do presidente da Câmara, Juraci Scheffer (PT), que apresentou os demais convidados e destacou a relevância do evento; da vereadora Laiz Perrut (PT), integrante da comissão que visa a promover a igualdade racial nas reuniões e decisões da Casa; da vereadora Cida Oliveira (PT); e do ex-vereador Wanderson Castelar, autor da lei municipal que indica o dia comemorado pelo evento. Também estiveram presentes a Secretária de Educação, Nádia Ribas, o Secretário de Direitos Humanos, Biel Santos, e a prefeita Margarida Salomão (PT), que demonstraram grande satisfação pelo início desse novo projeto.
A diretora geral da Funalfa, Giane Elisa, também marcou presença e destacou a importância da promoção dessas pautas para a reafirmação do Estado laico e para que todas as pessoas, independentemente de sua religião, tenham a liberdade de culto garantida. Além disso, Giane ainda falou sobre a necessidade de valorizar a memória cultural e histórica do país e do município, e ressaltou as religiões ancestrais como um importante meio para o resgate dessa memória. Outra convidada foi a vice-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Girlene Silva, que salientou as ações da instituição que visam a promover a inclusão e colocou a Universidade à disposição para auxiliar na promoção dessas discussões.
Para compor o evento, foram convidados especialistas no assunto, dentre representantes religiosos e ativistas sociais, que agregaram ainda mais a conversa, como o Babalawô Ivanir dos Santos, o sacerdote Hungbono Camilo de Oyá, a historiadora Janaína Renk, o babakekere da casa Reino de Ogum, Deivid Luiz, e diversos adeptos e estudiosos das religiões e história do povo africano. Além das mesas temáticas, formadas de acordo com cada segmento religioso, o assunto que sempre esteve em conjunto com os demais foi a questão racial, colocada como um dos principais pontos que contribuem para a intolerância religiosa tão presente no Brasil.
O encontro ainda contou com apresentações culturais de música, com a participação da flautista Amanda Veiga e da batuqueira Fabrícia Valle, e de teatro, com o Grupo de Artes Cênicas e Políticas As Ruths, que apresentou uma homenagem à mãe Iracema Salomé Lopes Cassimiro, chefe do Centro Santo Antônio de Umbanda, no Bairro Dom Bosco, falecida em dezembro de 2020. Ao final, o presidente Juraci Scheffer conclui destacando o “conceito de laicidade verdadeiro: de que você dê a oportunidade de todos manifestarem sua profissão de fé, de discutirem, de participarem e de terem seu espaço reconhecido”.
Confira o encontro completo no YouTube
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