No coração de Juiz de Fora, construído pela iniciativa popular para abrigar o Poder Legislativo e o Fórum, edifício é um marco na história de Juiz de Fora e na vida dos juiz-foranos

O número é 1878. Em meio a inúmeras janelas e sobrevergas, a data inscrita na fachada lateral da Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF), às vezes, pode passar batida na correria do dia a dia. Porém, esse detalhe fiel e resistente ao tempo, assim como todo o edifício, é mais um vislumbre da importância do centenário Palácio Barbosa Lima. Neste sábado, 20 de março, comemoramos há 143 anos a grande inauguração (que contou com a presença do Imperador Dom Pedro II) desse patrimônio histórico. Assim começa a história  do palácio que, atualmente, mantém sua finalidade inicial: acolhe os cidadãos, os vereadores eleitos e servidores que, juntos, dão vida à Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF). 

O prédio leva o nome do juiz Joaquim Barbosa Lima, que liderou a iniciativa popular para a construção do edifício. “É um espaço nobre, em uma região privilegiada da cidade. Aqui passaram decisões importantes da nossa história política, economia e da nossa vida social, de Juiz de Fora e a nível regional”, resume o presidente da CMJF, Juraci Scheffer (PT), falando da importância histórica do espaço, mas sem deixar de pensar no futuro. “Vamos investir na recuperação da sua pintura, da parte interna, para melhor uso do seu espaço. Sempre com autorização do patrimônio, ouvindo historiadores, vereadores e a sociedade civil organizada. Queremos garantir seu protagonismo como o ‘palácio da cultura e cidadania da cidade’”.

Foi justamente para garantir a cidadania que o Palácio Barbosa Lima foi construído como sede não só do Poder Legislativo, função que mantém até os dias de hoje, mas também do Fórum. “Era comum no Brasil, desde o Brasil Colônia, que os poderes Legislativo e Judiciário funcionassem em um mesmo edifício, que representasse a ‘ordem e a justiça’. Este edifício, então, sempre teve uma função simbólica muito forte em nosso município como um ente histórico e público em um sentido mais amplo”, explica a arquiteta e professora Renata Goretti. 

Ao falarmos de simbologia, é preciso destacar que a sede da nossa Câmara, a Casa do Povo, tem na participação popular a sua própria razão de existir. O edifício histórico foi construído por uma “vaquinha” de 60 contos de réis, arrecadada pelo juiz que dá o nome ao prédio, entre benfeitores locais. Ao convertermos o valor em moedas de hoje tendo como referência o preço do ouro nos dois momentos, critério comumente usado para conversão de valores em épocas distantes, o montante arrecadado para a construção seria de consideráveis R$18.540.600. 

Hoje em dia, é também exercendo muitas funções e promovendo a participação cidadã da sociedade que o Palácio Barbosa Lima não tem apenas uma importância histórica na vida dos juiz-foranos. A sede da CMJF é prestadora de uma gama de serviços como ações políticas, de fiscalização, assessoramento e feitura de leis, por meio dos gabinetes dos vereadores (do segundo ao quinto andar, no prédio anexo); de atendimento ao público e emissão de documentos importantes, no Centro de Atenção ao Cidadão (CAC, no saguão); de Defesa do Consumidor pelo Sedecon (localizado no saguão). “Queremos ainda comemorar mais 143 anos, que este prédio fique na história da cidade e nas histórias dos juiz-foranos”, completa Juraci.

Ensaio e matéria especial comemoram os 143 anos do Palácio

Considerando o pleno respeito às restrições do período de lockdown que proíbem qualquer tipo de aglomeração ou evento presencial, para marcar o aniversário do Palácio Barbosa Lima, a JFTV Câmara fez uma matéria especial, comemorativa, contando um pouco dos 143 anos de história do prédio histórico, divulgado neste sábado, 20, pelo canal digital 35.1 e também no YouTube A Câmara também fez um ensaio fotográfico focado com detalhes, muitas vezes, não observados por quem passa no prédio na rotina diária. As fotos estão postadas nas redes sociais Instagram e Facebook. 

Mais informações: 3313-4734/ 4941 - Assessoria de Imprensa