Publicada em: 28/02/2020 - 121 visualizações

Comissão de Urbanismo busca solução para demolição de prédio que corre risco de desabamento na Zona Norte

Comissão de Urbanismo busca solução para demolição de prédio que corre risco de desabamento na Zona Norte (28/02/2020 00:00:00)
  • Vereadores membros da Comissão de Urbanismo se reuniram na manhã desta sexta-feira, 28, com representantes da Prefeitura de Juiz de Fora, ex-moradores e vizinhos de um prédio no bairro Jardim dos Alfineiros que, desde 2016, corre risco de desabamento.
 

Moradores do entorno convivem há 4 anos com o medo de que o prédio desabe e atinja as casas vizinhas

 

Vereadores membros da Comissão de Urbanismo se reuniram na manhã desta sexta-feira, 28, com representantes da Prefeitura de Juiz de Fora, ex-moradores e vizinhos de um prédio no bairro Jardim dos Alfineiros que, desde 2016, corre risco de desabamento. Durante a reunião foi levantada a hipótese de contratar uma empresa que faça a demolição, e em um segundo momento, de ser providenciada a remoção dos entulhos. Os vereadores Kennedy Ribeiro (MDB) e Zé Márcio - Garotinho (PV) conduziram a reunião com o intuito de buscar em conjunto uma solução para o problema, juntamente com representantes da deputada estadual Delegada Sheila (PSL) e assessora do vereador Sargento Mello - Casal (PTB).

O presidente da Comissão de Urbanismo, Zé Márcio - Garotinho, destacou que a intenção é buscar uma solução que dê um mínimo de conforto à população. “A situação se arrasta desde janeiro de 2016, leva risco à população, virou um local de concentração de crimes, e estamos buscando a solução”. O vereador Kennedy pontuou sua preocupação. “O prédio está em situação muito perigosa para a população, para os moradores em volta e há necessidade urgente de sua demolição”, pontuou.

Há quatro anos a construção começou a dar sinais de risco de desabamento, e os moradores contam que pedaços das paredes se desprendiam da parte externa, rachaduras surgiam e foram aumentando de tamanho, até que em 31 de janeiro de 2016 eles escutaram estalos nas vigas metálicas do prédio e tiveram que desocupar os dezesseis apartamentos, levando apenas documentos. O morador José Fernandes conta que deixou para trás o sonho da casa própria com seus móveis e objetos, e juntamente com os vizinhos, fez vigília na porta do prédio para que não tivessem suas casas invadidas e seus pertences furtados. “Peguei minha economia toda e coloquei lá pensando que seria um sonho e se tornou um pesadelo”, desabafa.

O advogado que representa os dezoito moradores, Pedro Mourão, explica que o imbróglio está em curso no Judiciário e que todos aguardam ansiosos a demolição do prédio e o pagamento das devidas indenizações. “Quando o prédio foi evacuado, a justiça determinou em liminar que a empresa pagasse aluguel ou hospedagem em hotel para as pessoas que foram retiradas; foi determinado também que ela fizesse a estabilização do imóvel para que não viesse a ruir. No entanto, nenhuma dessas obrigações foi cumprida adequadamente”, contando que a empresa pagou apenas duas diárias em hotel e contratou uma empresa para escorar o prédio. Entretanto,não fez os devidos pagamentos desse serviço e, com o tempo, boa parte dessas escoras foi furtada, aumentando o risco de desabamento. O vice-presidente da associação de moradores, Pablo Campos, salienta que a prioridade agora é evitar uma tragédia. “Nossa preocupação é com a família do Ângelo e com os demais vizinhos, que serão atingidos quando esse prédio desabar”.

A prefeitura recebeu orçamentos de três empresas especializadas em demolição, duas de São Paulo e uma do Rio de Janeiro, todas estimando em torno de R$ 500 mil para demolir a construção e remover os resíduos. O procurador geral do município, Edgar Ferreira, explica que, diante da omissão da construtora, a PJF recebeu autorização judicial para fazer a demolição do imóvel, com base no princípio administrativo da supremacia do interesse público, que busca proteger os cidadãos de problemas que a iniciativa privada possa causar. A PJF faria o pagamento do serviço de demolição e depois cobraria da construtora essa conta, como causadora do dano, porém, em virtude de dificuldades financeiras, a prefeitura ainda não licitou o serviço. “Desde 2018 a PJF tem buscado recursos para consolidar essa demolição, para restabelecer a tranquilidade dos moradores do local”, justificou Edgar.

 

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