Publicada em: 08/11/2019 - 157 visualizações
Geiza Duarte, repórter da TV Globo, falou sobre os desafios da cobertura política em Brasília
A cobertura política nas últimas décadas em Brasília foi o tema debatido pela jornalista Geiza Duarte, no penúltimo dia de palestras da II Semana de Comunicação Márcio Guerra - evento promovido pela Câmara Municipal. O encontro contou com a mediação do professor e cientista político, Paulo Roberto Leal, e do professor e jornalista, Márcio Guerra, que dá nome à Semana.
Geiza é repórter da TV Globo em Brasília e participa da cobertura política na cidade há 20 anos. A jornalista, formada pela UFJF, conta que o seu primeiro emprego na capital do país foi na produção da TV Bandeirantes local e, em seguida, passou a integrar a equipe de repórteres do DFTV, telejornal local da Globo. Depois de pouco mais de um ano, Geiza começou a fazer coberturas para a TV Nacional. “Cobri o mandato de cinco presidentes. Vi o segundo governo do Fernando Henrique Cardoso, e os governos do Lula, da Dilma, do Temer e, agora, o do Bolsonaro”, conta.
A jornalista ressalta que os episódios da política apresentam desafios constantes aos profissionais. “A gente precisa informar e ir atrás do dito e do não dito. Então, quando uma informação vai ao ar, pode ter certeza que teve muito trabalho nos bastidores”. Geiza aponta que há cada vez mais público interessado em saber o que acontece nos bastidores do Congresso e do Palácio do Planalto. “Os jornalistas estão tendo espaço para falar sobre isso e para fazer análises na tv fechada e em podcasts. Eu acho isso muito positivo”, diz a repórter.
A jornalista aponta que o celular trouxe mudanças na forma de fazer cobertura. Ela destaca a possibilidade de realizar pesquisas com mais agilidade, permitindo que o repórter busque dados para contestar informações apresentadas durante coletivas de imprensa. Além disso, o contato com as fontes se torna mais constante. “Se antes precisávamos aguardar a fonte sair de uma reunião para saber o que foi decidido, hoje você pode conversar com ela durante a reunião”, explica Geiza. Ela destaca, também, a importância das relações com as fontes, que são essenciais para que o jornalista consiga informações. Ela opta por não manter relações de amizade com as fontes e reforça que é muito importante checar tudo o que é dito antes de publicar.
O cientista político, Paulo Roberto, pontua que é muito importante a preocupação com a checagem em um cenário onde todos querem postar a informação em primeira mão. “Não há nenhuma informação que não seja interessada. Receber a informação de uma fonte interessada, em um contexto de excesso de demanda de velocidade, pode ter como resultado o jornalismo declaratório, que se baseia só no que foi dito pela fonte”, analisa Paulo.
O encerramento da Semana de Comunicação acontece neste sábado, 9, às 10h, no Fórum da Cultura da UFJF - localizado na Rua Santo Antônio, 1112, centro. As jornalistas Geiza Duarte e Flávia Travassos irão falar sobre as perspectivas do jornalismo, abordando as diferenças entre as coberturas realizadas pelo SBT e pela Rede Globo.
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