O público alvo será alunos do Ensino Médio da rede pública de ensino

A Comissão dos Direitos da Mulher se reuniu nesta quarta-feira, 21, para definir a agenda de ações para o semestre. Além do presidente da Comissão, Júlio Obama Jr. (PHS), estiveram presentes os vereadores Wagner do Sindicato (PTB) e Juraci Scheffer (PT). 

O principal foco dos parlamentares nos próximos meses será no combate à violência contra a mulher. Obama explicou que serão desenvolvidas ações para incentivar a denúncia, coibir a violência doméstica e o assédio no transporte público. “É urgente estabelecermos uma agenda de atividades para defender os direitos das mulheres, visando principalmente o combate à violência e à cultura do silêncio, que só favorece o agressor”, ressaltou.  

Em parceria com a delegacia das mulheres, a Comissão irá promover quatro palestras sobre o Código Penal Brasileiro e sobre a Lei Maria da Penha, com o intuito de informar sobre as sanções cabíveis em casos de agressão contra mulheres. Além disso, também será abordado as características de um relacionamento abusivo, a fim de facilitar a identificação desse tipo de relação. 

O público-alvo das palestras são estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino. Com cerca de uma hora de duração, o evento será ministrado pela delegada Ângela Fellet, titular da delegacia da mulher, e por psicólogos. As palestras acontecerão no Plenário da Câmara e os participantes receberão certificado. Júlio explica que já apresentou a proposta na SuperIntendência de Ensino, onde garantiram apoio à iniciativa. 

A intenção é promover o respeito, impedir a reprodução da violência doméstica, acabar a cultura do medo e mobilizar a sociedade. Obama destacou que os alunos do Ensino Médio pertencem a uma faixa-etária em processo de formação humana e que, cada vez, adquirem consciência do seu papel no enfrentamento à violência contra a mulher. 

Cartazes de conscientização 

Outra iniciativa da comissão será espalhar cartazes com o objetivo de conscientizar a população no combate à violência contra a mulher. Serão colados cartazes nos ônibus, com a frase “O transporte é coletivo, o corpo da mulher não”. Obama explica que a iniciativa trata-se de uma lei. “Se as leis não forem divulgadas por nós, legisladores municipais, a cultura do silêncio e do medo só vai se perpetuar”, explica. 

Além disso, cartazes de conscientização contra a violência doméstica serão colados em salões de beleza. “Conversamos no Sindicato dos Salões de Beleza de Juiz de Fora e, lá, abraçaram a iniciativa. São mais de mil salões na cidade e, em geral, os salões são frequentados por muitas mulheres”, disse Obama. O vereador ressaltou, ainda, que o salão de beleza é um espaço onde muitas mulheres se sentem à vontade para conversar sobre a vida pessoal e para trocar informações.  Além do número disponível para denúncia de agressão doméstica - 180 -, o cartaz também apresenta a informação de que uma a cada cinco faltas ao trabalho são motivadas por violência doméstica - de acordo com dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. 

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