Publicada em: 02/07/2019 - 121 visualizações
“Estamos aqui para defender a Cemig, mas não seremos omissos à prestação de serviços que vem sendo realizada pela empresa em nossa cidade”, disse o vereador Juraci Scheffer (PT), proponente da audiência pública realizada na tarde desta terça-feira, 02, para discutir a situação dos serviços prestados na cidade pela Companhia de Energética de Minas Gerais (Cemig) e quanto a sua privatização.
Com o plenário cheio de moradores dos bairros Torreões, Cidade Alta, além de funcionários da Cemig, a explanação do vereador Juraci se deu para em razão do anúncio feito pelo Governo do Estado de Minas Gerais, sobre o plano de privatização da estatal de energia elétrica. Este seria um pacote de obrigações que deve cumprir para aderir ao plano de recuperação fiscal.
Em sua fala, Juraci expôs que diariamente diversos picos e quedas de energia vêm acontecendo na cidade. Ele alertou que muitos empreendedores reclamam com a demora do retorno da luz, ocasionando a queima de eletrodomésticos e ainda a perda de produtos que necessitam ficar refrigerados, ou congelados. Scheffer também ressaltou que muitos moradores estão sem energia elétrica no município. “Mais de cinquenta famílias que residem na região rural precisam dessa eletrificação. Mas a Cemig cria muita burocracia quanto à documentação apresentada. Juiz de Fora teve a primeira hidrelétrica da América Latina, e ainda assim existem pessoas sem energia elétrica em nossa cidade”, disse.
O presidente da Associação de Moradores de Torreões, Francisco de Paula Moreira, esclareceu que no Bairro os loteamentos são feitos por meio de transferência, e por isso, não possuem o registro do Poder Público Municipal. “De um ano e meio para cá, não conseguimos mais fazer novas ligações de luz. Os moradores não conseguem comprovar o documento que a Cemig exige. E temos também os problemas de extensão de rede, além de quedas de energias”, finalizou.
José Emanuel de Oliveira, presidente do Sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora (Sindieletro-JF), que também é contra a privatização da estatal, informou que há 25 anos luta pelos direitos dos funcionários da Cemig, e que já realizaram diversas paralisações para adquirirem seus direitos.
O presidente da Casa, vereador Luiz Otávio Coelho Fernandes - Pardal (PTC), relatou um caso de um morador do Bairro Sagrado Coração, que solicitou o prolongamento de posteamento em determinada rua do bairro, mas foi surpreendido, pois teve que pagar uma guia no valor de R$5 mil reais, e ainda assim precisa esperar por mais de 200 dias para a aplicação do posteamento. Além disso, foi citado as diversas reclamações sobre os atendimentos no Castelinho.
O Agente de Relacionamento com o Poder Público da Cemig, Magela Mendes, abriu sua fala dizendo que é contrário à possibilidade de privatização da estatal. Diante dos manifestações, Magela esclareceu, que a Cemig obedece a Legislação Federal. “A Cemig trabalha no estrito cumprimento e obediência da normativa 414”. Sobre o caso dos moradores do Bairro Torrões, Magela admitiu que o que dificulta as novas ligações é a documentação exigida. “Não é a Cemig que tem que prover a regularidade dessa a documentação do local, talvez, o Poder Público, possa interceder nesse sentido” Já a obra paga pelo cidadão, Magela disse que irá verificar o caso. Mas adiantou que “foi votado uma lei neste Legislativo, transferindo a responsabilidade de iluminação pública para o município, ou seja, extensão de rede, troca de lâmpadas, são de obrigação do Município. A respeito dos atendimentos no Castelinho, Magela informou que "tem melhorado bastante o serviço, mas hoje, a Cemig possui vários canais de comunicação, para o cliente acessar.", finalizou
Diante da manifestação de Magela, o vereador José Márcio Garotinho (PV) também argumentou sobre a Mensagem do Executivo aprovada pela Casa. “Aprovamos esta lei e criamos opções para que estes loteamentos se regularizassem. Nós aprovamos a Mensagem, mas é necessário que o Executivo dê andamento na regulamentação desta lei, e somem esforços, para permitir que estas comunidades tenham acesso a energia elétrica.
O vereador Kennedy Ribeiro (MDB) lembrou que a Cemig nos três primeiros meses de 2018, teve um lucro de R$465 milhões e nos três primeiros meses de 2019 o lucro foi de R$797 milhões. “Sou a favor de não privatizar, pois quando procuramos o dono das empresas, não achamos. Privatizar é colocar o nosso país em risco”. Já o vereador Antônio Aguiar (MDB), salientou a necessidade de encaminhar uma representação ao Governo do Estado de Minas. A vereadora Ana do Pde. Frederico (MDB), lembrou que antes da privatização há a necessidade de aprovação dos deputados de Minas e finalizou dizendo “precisamos lutar pelos nossos direitos”.
Em sua fala final, Juraci disse que irá encaminhar pedidos a deputada Federal Margarida Salomão para que mude a instrução normativa, para acessibilidade da população à energia elétrica.
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