Publicada em: 28/06/2006 - 146 visualizações

Universidade Popular cria forma alternativa de acesso ao ensino superior

Universidade Popular cria forma alternativa de acesso ao ensino superior (28/06/2006 00:00:00)
 

Universidade Popular cria forma alternativa de acesso ao ensino superior

       “Nos últimos anos, a critica as universidades federais ganhou maior visibilidade na sociedade brasileira. Elas se tornaram uma forma de resistência ao ensino para a população de baixa renda. A discussão sobre o seu papel precisa ser aprofundada na busca de sua construção como instrumento de luta popular”. A crítica foi da vereadora Rose França (PTB) ao falar sobre a implantação da faculdade popular em Juiz de Fora. O assunto, que foi tema de audiência pública na Câmara, solicitada pela legisladora, trouxe o debate sobre um dos “pilares mais frágeis” da sociedade: a educação.
       
       A idéia é proporcionar um ensino de qualidade e eficiente, a preços bem inferiores aos praticados pelas faculdades particulares. “Eu busco algo novo e conceitual para o setor de educação de nosso município, principalmente para a população carente, que não tem acesso às universidades. As faculdades à distância, da rede Educon (Tecnologia em Educação Continuada), já somam mais de 80 mil alunos em todo o país e esse número tem crescido a cada ano”, informou Rose.
       
       Para o supervisor educacional da Universidade Virtual de Minas Gerais, Marcus Nylander, a idéia é trazer para Juiz de Fora um novo conceito em educação. “Instalar um curso universitário não é um trabalho difícil. A questão é romper com as formas de subjetivação que sustentam o modelo atual, dando espaço às formações singulares, alternativas e modernas de ensino, sendo, no momento, a educação à distância a única maneira viável de democratizar o ensino superior”, disse.
       
       A Universidade Popular é um movimento autônomo que atua na luta pela democratização do ensino no Brasil, dando aos trabalhadores de baixa renda uma oportunidade. Os cursos se diferenciam dos convencionais em diversos aspectos, que vão desde o projeto político-pedagógico e a auto-gestão do curso ao material didático apresentado. O aluno participa de forma presencial, mas não seqüencial das aulas, sem abandonar a lógica do processo pedagógico construtivista.
       
       Na opinião da secretária de Educação, Regina Mancini, “não é possível fugir da questão e da realidade de que, os cursos superiores ainda são o sonho de muitos estudantes. As universidades precisam contribuir para que eles passem pela peneira do ingresso à instituição. Isso é inclusão social”. A representante do Executivo ofereceu total apoio ao movimento de instalação da UVMG na cidade e garantiu que a Prefeitura irá contribuir para que o projeto seja viável.
       
       “Estamos contribuindo para que haja uma consciência sem inversão de valores, construindo, de forma coletiva novas relações e saberes dentro da universidade direcionada para o povo. Quero que todos os envolvidos sejam também agentes transformadores”, concluiu Rose França.
       
        Além da graduação, serão oferecidos cursos de pós-graduação em Educação e em Direito e quatro cursos de MBA. Mais informações no site: www.uvmgonline.com.br

Arquivo de notícias >>>

 


©2022. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade