Publicada em: 21/08/2006 - 95 visualizações

Audiência na Câmara debate bota-foras clandestinos na cidade

Audiência na Câmara debate bota-foras clandestinos na cidade (21/08/2006 00:00:00)
 

Audiência na Câmara debate bota-foras clandestinos na cidade

       Juiz de Fora pode ganhar um sistema de reciclagem de resíduos sólidos de construção civil até o final deste ano. A informação é do subsecretário de Planejamento e Informação da secretaria de Planejamento e Gestão Estratégica - SPGE, Ricardo Luiz Monteiro Francisco, durante audiência pública convocada pelo vereador João do Joaninho (PTB) para tratar do problema do aumento de bota-foras não autorizados na cidade. Eles começam com o descarte de restos de construções jogados nesses locais e acabam por se transformar em verdadeiras lixeiras ao ar livre com todo tipo de resíduos, afirma o vereador.
       João do Joaninho esclarece que este é um problema que atinge a toda população. Não é culpa do Executivo, nem das empresas de caçambas devidamente registradas, mas da falta de educação da população, que joga lixo em todo lugar e das empresas clandestinas que não se preocupam com o descarte correto do material”, observou.
       De acordo com o vereador, o problema é grave. Além de facilitar a proliferação de animais transmissores de doenças infecto-contagiosas, polui o meio ambiente, provoca desabamentos de encostas, enchentes de córregos e torna perigoso o trânsito em diversas vias, onde os entulhos ficam acumulados até no meio das ruas. Os bairros mais afetados são: Marumbi, Milho Branco, Sagrado Coração, e as margens do córrego de Nova Benfica, na estrada do Caracol, próximo à BR040. No início da reunião foram mostradas fotos dos bota-foras clandestinos, apontando os riscos para a população.
       João do Joaninho lembrou da Resolução 307, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), determinando que os resíduos sejam levados para áreas de transbordo, onde serão triados e encaminhados para reciclagem. A Resolução ainda prevê que as prefeituras devem oferecer locais para a população depositar tijolos quebrados, telhas, ferros e outros materiais do tipo.
       A diretora de uma das empresas de caçambas da cidade, que falou em nome dos colegas, Eliane de Matos Silva, afirmou que em Juiz de Fora só existe um bota-fora autorizado para o descarte de restos de construção, localizado na Barreira do Triunfo. Também fazemos o trabalho em áreas particulares, atendendo a pedidos dos proprietários, sempre com o consentimento da Prefeitura. Mas temos o enfrentado um grave problema com a concorrência desleal de empresas sem registro, afirmou.
       O vereador Eduardo Novy (PTB), reforçou a importância da audiência, que promoveu o debate sobre um problema que afeta a qualidade de vida de todos juizforanos. Precisamos tomar providências para que esses bota-foras sejam retirados da cidade. Reconheço que a PJF tem um corpo de fiscais muito pequeno, e deixamos clara a necessidade de contratação das pessoas que já passaram no concurso para o cargo.
       Os petebistas Rose França, Pardal, fizeram coro às palavras do líder do governo e pediram providências, inclusive, com a conscientização da comunidade, através da veiculação de publicidade em rádios, jornais e TVs locais. Já Eduardo Freitas (PDT) acredita que o problema só será sanado com a reciclagem dos materiais que sobram das construções. Alguns desses materiais podem ser transformados em areia industrial, que normalmente é extraída do leito de rios, e já pode ser considerado um grave problema ecológico, informa Freitas.
       João do Joaninho considerou a reunião satisfatória e garantiu que logo que o projeto do Executivo, para a construção da usina de reciclagem de resíduos sólidos de construção esteja pronto, vai convocar outra audiência pública para discutir novamente o assunto.

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