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PDV da Cesama é discutido em audiência pública Cautela. Esse é o conselho que os vereadores Paulo Rogério e Bruno Siqueira, ambos do PMDB, deram aos funcionários da Cesama, na audiência pública, que aconteceu hoje, 21/03, no plenário do Legislativo, para tratar sobre o PDV – Plano de Desligamento Voluntário – da empresa. Os peemedebistas estão convencidos de que o Executivo deveria esclarecer os critérios adotados para o programa.
Paulo Rogério alerta que esse tipo de plano tem sido muito traumático para o povo brasileiro. “Temos a experiência de empresas como a Rede Ferroviária, Banco do Brasil e Cemig em que a maioria dos servidores, que adotaram o PDV, não conseguiram se reintegrar ao mercado de trabalho. “Muitos inclusive estão desempregados. Hoje no Brasil, o mercado de trabalho está fechado para quem chegou aos 40 anos”, afirmou. O legislador acredita que a Cesama seja uma companhia eficiente e que cuida de forma competente da água e do esgoto da cidade, mas que precisa mais sensibilidade para tratar de questões referentes aos servidores. Ele cobrou ainda, a cópia do convênio firmado entre a Prefeitura e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG – que cedeu um de seus funcionários para assumir a presidência da Cesama. Segundo denúncia de Paulo Rogério, ao contrário da afirmação do diretor presidente da Cesama, José Roizembruch, o salário dele estaria sendo pago pela Prefeitura de Juiz de Fora e não pelo BDMG, como afirmou e ainda, a sua estadia na cidade estaria sendo custeada por recursos públicos.
Bruno Siqueira quer mais explicações sobre o Plano que será adotado pela Cesama. Ele está preocupado se o Programa de Desligamento Voluntário da empresa de água e esgoto será realmente voluntário. “Ainda existem alguns pontos a serem esclarecidos neste processo, por isso a Câmara precisa ficar atenta e estar lutando ao lado do trabalhador. Sou a favor do emprego e da qualidade de vida do servidor. Se a Cesama estiver apresentando um PDV compatível com os serviços prestados por esses funcionários, ao longo desses anos, estaremos apoiando a iniciativa”, afirmou.
Roizembruch explicou que a dinâmica de trabalho repassada pelo prefeito Alberto Bejani (PTB) deverá ser a de uma empresa transparente em suas ações e moderna. Em conversa com o presidente do Sindicato dos Empregados nas Indústrias e Serviços de Purificação e/ou Distribuição de Água e Serviços de Esgoto, José de Almeida Guedes, a diretoria da Cesama deixou clara a proposta do PDV e que, “de certa forma”, os funcionários ficaram “tranqüilos” com a descrição do programa. “Estudos comprovaram que a empresa de água de Juiz de Fora possui um quadro de funcionários inchado e que é preciso reduzir, portanto, os gastos com a folha”, disse. Roizembruch afirmou que não haverá demissões na empresa e que o PDV é realmente voluntário.
José Guedes combateu Roizembruch dizendo que a categoria está apreensiva e angustiada com as decisões da cúpula da Cesama. Ele afirmou que “a lógica de uma empresa privada não pode ser aplicada numa empresa pública. Queremos que seja um plano justo e humano que gratifique, de forma correta, os servidores que fizeram parte da história do órgão”.
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