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Câmara apóia luta da Associação dos Renais Crônicos para obter sede própria Sabemos que o desfecho desta reunião será favorável à Associação dos Renais Crônicos de Juiz de Fora, pois tenho a firme convicção de que o prefeito Alberto Bejani não irá assistir passivamente uma entidade como esta ficar sem local para exercer suas atividades. O Governo vai ser solidário, não como benefício, mas como lei de sustentação do SUS. De antemão deixo claro que estarei vigilante e atento à situação. Com essas palavras, o vereador Flávio Cheker (PT) encerrou a audiência pública convocada por ele para tratar do problema da ARCRO-JF, que está na iminência de perder sua sede.
A ARCRO existe há 12 anos e ocupa, há quatro, uma loja cedida pela Associação dos Cegos, mas o espaço precisa ser vendido para quitar dívidas da entidade com o INSS. De acordo com o secretário da associação dos Renais Crônicos, João Batista de Oliveira, a ARCRO funcionava em um imóvel emprestado pela PJF, à rua Moraes Sarmento, desde a sua fundação. Fomos desalojados para que lá funcionasse o setor de zoonoses do Executivo, mas até hoje o prédio continua ocioso, afirma. João Batista ainda acrescenta, precisamos de espaço para as nossas atividades que não se limitam apenas à doação de remédios e cestas básicas, mas ministramos palestras e nosso trabalho principal e fundamental é o apoio psicológico ao doente renal crônico. Para isso, temos convênios e parceria com diversas entidades, inclusive a UFJF.
O presidente da Câmara, vereador Vicente de Paula Oliveira -Vicentão (PTB), afirmou ser conhecedor do problema e disse estar solidário com os integrantes da associação. Romilton Faria (PFL) lembrou a lei do passe livre para os doentes e pediu à Prefeitura que viabilize a doação de um terreno para a construção da sede da ACRO-JF. Antônio Jorge (PSDB) afirmou que a consolidação do Sistema Único de Saúde depende muito de iniciativas como as da associação, pois de um lado temos os profissionais de saúde, que dominam o lado técnico da questão, e, de outro, temos os usuários com a vivência, muitas vezes, triste e dolorosa das doenças. Também quero lembrar que, com o trabalho de conscientização da ARCRO, muitos doentes renais conseguem sobreviver sem a hemodiálise, um procedimento oneroso para o sistema e sacrificante para o paciente.
Eduardo Novy (PTB), José Sóter Figueirôa (PMDB) e Luiz Otávio Fernandes - Pardal (PTB) deram testemunho do trabalho desenvolvido pela associação e pediram ao Executivo apoio para que continue atuando na cidade. Eles afirmam que a entidade atende a um público muito desfavorecido, emocional e financeiramente. Com um pouco de esforço e boa vontade, acreditamos que o Executivo pode resolver o impasse, fizeram coro.
O subsecretário de Saúde, José Geraldo Oliveira, afirmou que nunca teve conhecimento de que a SMS foi procurada pela ARCRO. O grupo desenvolve um trabalho de suma importância na cidade. Não podemos garantir que vamos encontrar um espaço para a associação funcionar, mas garantimos que vamos nos empenhar para resolver o problema junto à Secretaria de Administração e o setor de patrimônio. |
