A Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) lançou nesta quarta-feira, 28, a Frente Parlamentar Mista de Combate à Dengue, presidida pelo vereador Juraci Scheffer (PT) e composta pelos vereadores Dr. Antonio Aguiar (UNIÃO), Pardal (UNIÃO), André Luiz (REPUBLICANOS), Cida Oliveira (PT) e Julinho Rossignolli (PP). O objetivo é articular ações e campanhas que mobilizem a comunidade com foco em reduzir a incidência de dengue e combater o mosquito Aedes aegypti, inseto transmissor do vírus que também causa febre chikungunya e zika.
O evento contou com a presença do secretário de Saúde, Ivan Chebli, do subsecretário de Vigilância em Saúde, Jonathan Tomaz, e do diretor-presidente Cesama, Júlio César Teixeira. Na abertura, Ivan Chebli desabafou: “Sem mobilização social nós nunca vamos vencer a dengue”. Chebli considera de suma importância as campanhas educativas nas escolas, “para que nossos futuros adultos tenham um pouco mais de consciência que nós”.
Nesse mesmo sentido, o vereador Juraci Scheffer lembrou que parte significativa do problema pode ser solucionada pela população. Cerca de dois terços dos focos do mosquito estão nas residências, com um terço podendo ser solucionado por ações de limpeza urbana e fiscalização de terrenos vazios. Porém, Scheffer lembra que a situação é complexa devido ao tamanho de Juiz de Fora, uma cidade com 1434km². “É difícil mudar tudo isso se não houver uma força tarefa, uma união. Não queremos apontar dedos para ninguém, sabemos que o Executivo tem feito muito, mas pode fazer muito mais”, cobrou o parlamentar.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Johnatan Tomaz, contou que em 2023 os agentes de saúde contabilizaram 36 mil casas fechadas, ao fazerem suas visitas de porta em porta nos bairros; são imóveis que podem guardar em seu interior focos do mosquito. Além das casas fechadas, chamaram a atenção do subsecretário os dados que os agentes reportaram: cerca de duas mil pessoas chegaram a atender a porta, mas não permitiram a entrada dos agentes. “O agente de endemias é um parceiro da comunidade. Entendemos que muitas pessoas têm receio, por pensar que o agente vai entrar na casa e aplicar uma multa, e não, ele está ali para fazer uma promoção de saúde, trabalho educativo, e se possível ele, com seu olhar sensível, fazer a eliminação de algum vetor que esteja dentro da sua residência e passaria tranquilamente despercebido por qualquer um de nós aqui”, finalizou.
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