Publicada em: 26/02/2024 - 1138 visualizações
A Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) promoveu na tarde desta segunda-feira, 26, uma Audiência Pública em que discutiu a situação da dengue na cidade. Participaram do debate representantes da Secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária. Autor do pedido para a AP, o vereador Marlon Siqueira (PP) se baseia em informações do 1º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LirAa) de 2024, realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O registro apontou que o município registrou índice de infestação de 5.1 – índice classificado, em fevereiro, como de “alto risco” pelo Ministério da Saúde. Os relatos de UPAs e hospitais cheios, a necessidade de hidratação, a situação de recolhimento de resíduos pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), o uso de carro fumacê, o emprego de drones para identificar os focos e a falta do envio de vacinas contra dengue para JF foram alguns dos pontos levantados por Marlon. “A tecnologia pode ser usada também em benefício para a saúde. O Executivo usou o equipamento para ampliar a arrecadação para o IPTU, por que não usar também para salvar vidas? E por que também não recebemos as vacinas? A vacinação em Belo Horizonte começa amanhã, enquanto Juiz de Fora e a Zona da Mata não receberam nenhuma dose”. Marlon Siqueira começou a discussão com ênfase no combate do Poder Público com a população a partir da informação de que 70% dos focos estão nas residências. “Neste sentido o trabalho dos agentes de combate a endemias é essencial”. Sobre esse aspecto, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Jonathan Thomaz, apontou que, no ciclo de dois meses, 36 mil casas estavam fechadas. Quando retornaram, aproximadamente em 2 mil os moradores não autorizaram a entrada do agente de endemias. Quanto ao questionamento sobre o alto risco do LirAa em 5.1, embora alto, Thomaz afirma que a situação de Juiz de Fora não é tão grave devido ao trabalho de armadilhas nos focos de colocação de ovos do mosquitos, trocadas a cada quinze dias. O número de casos também foi a justificativa para que o Ministério da Saúde não elencasse Juiz de Fora como prioridade na vacinação, segundo o gestor. A preocupação com focos em entulhos também foi apontada pelo presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Luzia, Ary Raposo. Ele apontou a necessidade de organização de uma força tarefa para recolhimento de resíduos. De acordo com ele, já houve pedido via Requerimento ao Demlurb e a cobrança é de toda a população da região. “Um doente já é um problema. Uma morte nem se fala”. Com a ausência de representantes do Demlurb na discussão, Ari pediu a interferência do secretário de Saúde, Ivan Chebli, para resolver o imbróglio. A situação do lixo também foi reforçada pelo morador do Bairro Filgueiras José Ronaldo Freguglia. Segundo ele, há animais soltos nas ruas que espalham o lixo e pioram a situação. O Demlurb e a Defesa Civil, apesar de convocados à audiência, não enviaram representantes. Situação em Juiz de Fora Representantes da PJF fizeram um apanhado das ações de plano de contingência do departamento que, segundo eles, começaram no segundo semestre de 2023, quando a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) alertou para a possibilidade de aumento nos casos de dengue. Durante a apresentação, foi apontado que, até o dia de hoje, foram 1.204 casos notificados por dengue, com 812 já confirmados. “A 4ª semana do ano foi a que atingiu o maior número de notificações”. Além disso, Jonathan Thomaz apresentou as ações em andamento: vistoria nas casas, ampliação dos canais de denúncias, parcerias com a Sesmaur, Demlurb e Programa Boniteza, recolhimento de 18 toneladas de materiais inservíveis, parceria com o Rotary Clube e ações educativas em escolas e empresas. Já o secretário de saúde, Ivan Chebli, falou da força tarefa para o concurso esperado, segundo ele, há dez anos, para contratação de 267 agentes de endemia, já com a gratificação por desempenho, “além da nossa atuação na atenção básica, com autorização para a ampliação e qualificação. A partir de hoje, começam a trabalhar mais 67 equipes do Programa Saúde da Família. São novos 67 médicos, 67 enfermeiros e 67 técnicos de enfermagem”. Participaram Audiência Pública os vereadores André Luiz (REPUBLICANOS), Bejani Júnior (PODE), Dr. Antônio Aguiar (UNIÃO), Juraci Scheffer (PT), Laiz Perrut (PT), Sargento Mello Casal (PL), Tallia Sobral (PSOL) e Vagner de Oliveira (PSB). A Câmara irá instaurar na próxima quarta-feira, 28, às 15h, uma Frente Parlamentar Mista de Combate à Dengue também para tratar desse tema. Assista à Audiência Pública na íntegra no perfil da JFTV, canal 35.1, no YouTube. Mais Informações: 3313-4734 - Assessoria de Imprensa
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