Brasão de Juiz de Fora CĀMARA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA

Proposição: PLEI - Projeto de Lei
Número: 231/2019  -  Processo: 8589-00 2019

JUSTIFICATIVA

Trazemos, respeitando as normas regimentais, para análise dessa Casa, a biografia do senhor Moacyr Toledo, o qual pretendemos homenagear com a denominação de próprio municipal, considerando tratar-se de pessoa que prestou relevantes serviços ao esporte e ao Município de Juiz de Fora.

Moacyr Toledo é considerado o maior ídolo da história do Tupi, sendo o jogador que mais vestiu a camisa do Tupi na centenária história alvinegra. De acordo com dados do historiador e professor Leonardo Lima, Toledinho (como era conhecido) é o jogador que mais defendeu o Tupi, com 651 partidas disputadas. Foi também o maior artilheiro, com 201 gols assinalados pelo time de Juiz de Fora.

Revelado pelo clube de Santa Terezinha aos 16 anos, Toledinho atuou por 21 anos no Tupi e nunca vestiu outra camisa além da alvinegra de Santa Terezinha. Defendeu o preto e branco nas quatro linhas de 1951 a 1969 e, depois, em 1975 e 1976. Jogava tanto como ponta-esquerda, quanto como meio campista, sendo o atleta que mais ganhou títulos pelo Carijó: 31 taças. O ídolo alvinegro ainda foi supervisor, auxiliar técnico, treinador da base e do profissional do Galo, além de administrador do Estádio Salles Oliveira, em Santa Terezinha.

Toledo protagonizou também uma das principais eras do Tupi em campo, no popular time conhecido como "Fantasma do Mineirão" que marcou história em 1966, quando bateu o Cruzeiro duas vezes - uma em Juiz de Fora, por 3 a 2, e outra por 2 a 1 no Mineirão, assim como os rivais da capital, Atlético e América, também no Mineirão e por 2 a 1.

O feito foi tamanho à época que o Tupi foi convidado pela Seleção Brasileira - que disputaria a Copa do Mundo daquele ano, na Inglaterra - para participar de um jogo-treino em Caxambu com a presença de Djalma Santos, Bellini, Gérson, Zito, Mané Garrincha, Jairzinho e, sobretudo, de Pelé. Desta ocasião, o então ponta e meia-direita Moacyr guardava a foto, também exposta no saguão do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em que divide a bola com o rei do futebol.

Torcedor apaixonado pelo Galo Carijó, Toledo trabalhou nos últimos anos nos cuidados do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Em meados de março de 2019, ele começou a se queixar de dores em um dos ombros e se licenciou das atividades semanas depois. Já debilitado, o ídolo alvinegro foi internado na Santa Casa de Misericórdia e três dias depois, em dia 13 de agosto, faleceu aos 87 anos.

Além de decretar luto oficial por três dias na cidade, o prefeito Antônio Almas se pronunciou na imprensa local sobre a perda e afirmou ser um momento em que o cidadão local deve reverenciar Moacyr Toledo. "O Toledo sempre se colocou a serviço do esporte de Juiz de Fora. É importante, então, que nós todos possamos reverenciar a figura do Toledo."

Por essas razões, a fim de reverenciar o desportista Moacyr Toledo, levando-se em conta toda sua história e a importância para o esporte local, contamos com a aprovação do presente projeto de lei pelos Senhores Vereadores, aos quais agradecemos antecipadamente.



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